[ANÁLISE] Wolfenstein: Youngblood | Salvar pessoas, caçar nazistas e o legado da família Blazkowicz

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Na última sexta-feira (26), foi lançado Wolfenstein: Youngblood, desenvolvido pela MachineGames e Arkane Studios e publicado pela Bethesda Softworks, sequência de Wolfenstein II: The New Colossus, sendo um jogo em primeira pessoa que apresenta a nova mecânica da franquia de se jogar em co-op online ou single-player escolhendo uma das gêmeas, com uma violência desenfreada, brutalidade e braveza perante o Partido Nazista.

História

“Certo Jess, qual é o plano?”                                                                                        “Achar nosso pai e matar nazistas.”

19 Anos após os acontecimentos de Wolfenstein II: The New ColossusWilliam Joseph “B.J.” Blazkowicz, o protagonista do último jogo, cria suas filhas gêmeas Jessie e Zofia Blazkowicz no Estado do Texas, em uma casa isolada, com sua esposa Anya Oliwa em uma realidade alternativa, em que o Eixo comandado pela Alemanha Nazista, ganhou a Segunda Guerra Mundial.

Durante todos esses anos William J. Blazkowicz e sua esposa Anya Oliwa seguem sendo os mentores das meninas, com um treinamento e orientações árduas de combate, armamento e caça, para que um dia as adolescentes se tornem sucessoras de seu pai no combate contra o nazismo.

Em 1980, as jovens se veem obrigadas a entrar na guerra por conta de seu pai, que saiu em uma missão secreta em Paris com identidade falsa e desapareceu, com isso precisam procura-lo e ajudar a resistência na derrubada do 4º Reich.

Jogabilidade e Cooperativo

A jogabilidade se assemelha a lógica de qualquer outro FPS de campanha, nada muito inovador, eliminar o inimigo e roubar sua arma e munição, ao fazer isso a arma roubada vai para o submenu de seleção de armas e pode ser selecionada quando desejar durante o jogo.

Ao fazer uma eliminação ganha-se XP e moedas de prata, XP vai te fazer avançar de level e ao conseguir isso, ganha um ponto de habilidade que pode ser inserido entre três habilidades para melhor a personagem, entre eles estão poder, músculo e mente. Ao adentrar uma das três, terá diversos aspectos da habilidade que podem ser escolhidos e ir se desenvolvendo e desbloqueando ao longo do jogo. Moedas de pratas servem para comprar uniformes para mudar a aparência e melhorar o armamento da seleção de armas.

As duas garotas possuem as mesmas habilidades por conta do traje que recebem no inicio do jogo, entre elas o ocultamento da presença que torna a personagem invisível para inimigos e a recuperação de HP.

Entrando no ambiente da missão, o jogador tem duas opções de eliminação de inimigos: modo furtivo ou pode sair desenfreado atirando. Apesar da sensibilidade da movimentação e das armas serem muito rápidas e confusas para um modo furtivo, os cenários possuem elementos específicos justamente para se jogar desta maneira, além de ser mais vantajoso por conta de que sair como um louco atirando por aí, só atrai mais nazistas e acaba se tornando um grande problema.

Senti que o ambiente do jogo era para se jogado de maneira furtiva por conta de estar infiltrado em um base nazista, tentei por várias vezes, mas é algo que realmente não funciona a não ser que o cenário que se encontra a missão seja bem menor e com menos inimigos e também por conta da IA que é confusa e fora de controle.

No inicio as missões dadas são legais e emocionantes, mas depois se torna algo cansativo, por conta da reutilização dos mesmos objetivos, mudando uma coisa ou outra, forçando a passar pelos mesmos cenários várias vezes, se tornando algo chato e exaustivo.

Se for jogar offline ao invés de jogar com um amigo ao escolher uma das gêmeas, a outra passará a ser controlada pela IA(Inteligência Artificial) e esse é um dos pontos fracos do jogo, pelo fato da IA ser extremamente limitada e a uma falta de controles que envolvam controlar a outra personagem que em várias vezes durante a gameplay fica no meio do tiroteio e você tem que ir ao seu resgate ou simplesmente entra na sua frente enquanto dispara contra os inimigos, é um verdadeiro estorvo.

 

Gráficos e ambientação

Os gráficos estão bem bonitos, com um belo visual para as personagens e trajes dos soldados nazistas, dando um atenção especial para cutscenes e principalmente nos momentos de tiroteio que você dilacera o corpo dos soldados e as partes do corpo saem voando por aí cobertos de sangue.

Em alguns momentos a textura em objetos acaba falhando e ocorre alguns erros de renderização, mas provavelmente atualizações futuras resolvam o problema.

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Mapa

O mapa do jogo segue sendo um dos pontos fracos, devido ao fato de apresentar somente uma pequena amostra no canto superior direito da tela, que mostra somente um marcador do objetivo principal do jogo e a localização do inimigos(isso se eles estiverem por perto).

O cenário das missões são grandes e não possuindo um mapa extenso com visão superior no menu para ser acessado, muitas vezes dificulta bastante descobrir onde é o objetivo e você acaba desperdiçando muito tempo em algumas missões.

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Inimigos

Não me recordo de quem pleno século XX, a tecnologia estava tão avançada, aponto de serem feitos robôs armados até os dentes mas parece que no universo de Wolfenstein: Youngblood as coisas são bem diferentes.

O jogo apresenta uma grande quantidade de inimigos diferentes, que vão aparecendo e ficando cada vez mais difíceis de serem derrotados a medida que vai avançando de level, de um soldado simples a um supersoldado com armadura que lança raio laser.

Além disso, cachorros enrolados em TNT que os nazistas mandam até você como um ataque suicida(MALDITOS NAZISTAS!), drones que te perseguem e lançam várias bombas e arrancam bastante HP, câmeras de vigilância que atiram raio laser(os desenvolvedores parecem gostar de raio laser), soldados robôs de vigilância, comandantes que são responsáveis por chamarem reforços, “Zitadelle” e “Zerstörer” que são espécies de robôs gigantes que atiram foguetes e usam um lança-chamas contra você e por última mas não menos importante o “Panzerhund” que é um cachorro robô gigante que possui um lança-chamas na boca.

Pela quantidade de inimigos e armamentos diversos que eles possuem, se mostra várias vezes muito arriscado entrar em conflito direto com o grupo, pelo fato de serem muito resistentes pelas armaduras que utilizam e estarem em maior numero, então acaba ficando extremamente confuso para onde atirar, consequentemente, fica sem munição, levando a morte ou a recuar para bem longe.

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Considerações finais

Wolfenstein: Youngblood é um bom jogo, mas exaustivo por conta da jogabilidade e missões repetitivas, além de desapontar na questão do modo furtivo, mas acaba compensando com ótimos gráficos, uma história interessante (embora não seja tão profunda), brutalidade e sanguinolência sem fim, tiroteios de tirar o fôlego e afinal de contas: Quem que não quer dar um belo chute na bunda de um nazista pela manhã?

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