Crítica | A Vigilante do Amanhã: Ghost in The Shell – Adaptação excelente de uma franquia excelente

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A convite da Paramount, fomos conferir A Vigilante do Amanhã: Ghost In The Shell, o mais novo lançamento do estúdio que chega hoje aos cinemas.

A Vigilante do Amanhã: Ghost in The Shell é uma adaptação cinematográfica dos mangás e animes de mesmo nome, focado em um mundo futurista, onde cérebros se fundem facilmente a computadores e a tecnologia está em todos os lugares. Com isso, surgem novos crimes envolvendo hackers, e para melhor combatê-los foi criado o Setor 9. Um dos integrantes desse grupo é Major, uma ciborgue com grande experiência militar que comanda um esquadrão de elite especializado em combate dos crimes cibernéticos.

Ghost In The Shell agrada em especial aos fãs do anime e do mangá, mas sem dúvidas agradará aqueles que sequer sabiam que o filme é uma adaptação de tais materiais. O filme explica tudo muito bem, não há buracos ou falhas no roteiro e em momento algum o público fica com dúvidas, facilitando a compreensão de quem está tendo contato com a franquia pela primeira vez. Mas é claro que todo esse cuidado não estraga as surpresas, nem mesmo para quem já conhece a história, o filme traz algumas novidades que são muito bem vindas. Uma delas está relacionada ao passado e origem de Major, o que contribui para a aceitação de Scarlett Johansson no papel principal, e não de uma atriz asiática, como era esperado.

Muita polêmica ocorreu sobre a escolha da protagonista, mas o filme encontra uma maneira interessante de justificar a escolha, não sendo apenas algo totalmente gratuito na trama. Isso com certeza não irá impedir com que os fãs se conectem com a trama.

Falando ainda sobre Scarlett Johansson, ela desenvolve o papel muito bem,interpretando a personagem com maestria, incluindo nisso até mesmo o jeito de andar mais duro que vemos nos animes, que também está presente no live-action. Há cenas em que se pudéssemos dividir a tela em duas, colocando de um lado o anime e do outro o filme, poderíamos analisar a incrível semelhança entre os dois.

Outras personagens do anime também estão presentes no filme, como o Batou (Pilou Asbæk) com seus olhos melhorados e a explicação da origem deles; Togusa o único que é inteiramente humano, e o chefe do Setor 9, Daisuke Aramaki (Takeshi Kitano). Podemos ressaltar que todos eles estão extremamente fiéis ao anime, mas com participações mais elaboradas do que os originais.

Os acréscimos no roteiro são totalmente necessários e bem colocados, mesmo o plot do filme acaba sendo completamente diferente. A mudança é justificada, pois o filme foi adaptado para ganhar um público que desconhece a obra e as adaptações foram feitas para isso.

O 3D está incrível! Nas cenas de explosões muitas pessoas pularam da cadeira tentando desviar de algum destroço.

A trilha sonora está bem feita e acompanha muito bem todos os momentos do filme, e ainda tivemos a grata surpresa de ouvirmos a música do anime nos créditos de encerramento. Como fã posso dizer que saí satisfeita da sessão e dizer que foi feita uma adaptação de Ghost In The Shell e não uma versão genérica.