[CRÍTICA] As Panteras | O mundo é das mulheres!

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Quando a Sony Pictures anunciou um novo filme das Panteras, muitos dos fãs do original ficaram apreensivos de que isso poderia estragar a duologia cinematográfica original, ainda mais considerando que o elenco do novo longa conta com ninguém menos do que Kristen Stewart como uma das protagonistas. Como sabemos, Stewart não é muito querida pelo público, principalmente por conta de sua participação na saga Crepúsculo, mas todos os temores caem por terra logo nos primeiros minutos do filme.

No longa, vemos uma expansão da Agência Townsend, que agora atua em nível global e expande o trabalho que Charlie Townsend iniciou em Los Angeles. Sem ignorar os dois filmes anteriores e até mesmo a série de TV dos anos 70, a trama cria uma espécie de Universo Compartilhado das Panteras, algo que funciona muito bem e é feito de maneira natural.

Como dito, Kristen Stewart representa muito bem o papel da Agente Sabina Wilson, parecendo extremamente confortável no papel e realmente conseguindo demonstrar sua personalidade e carisma, inclusive, em muitas vezes, parece que ela simplesmente está interpretando a si mesma, o que é ótimo.

O novo trio de Panteras principais é completado por Naomi Scott, que dá vida à cientista Elena e à novata Ella Balinska, que dá vida à ex-agente do MI6, Jane Kano. Não é preciso dizer que Scott segura muito bem seu papel e, mais uma vez, preenche a tela com sua beleza, carisma e talento, mas a surpresa mesmo fica por conta de Balinska, que sabe muito bem contrabalancear a personalidade de uma agente durona e a fragilidade que ela guarda dentro de si.

Não podemos deixar de mencionar Elizabeth Banks, que não só dirige e contribui para o roteiro e produção do longa, como também faz parte do elenco, interpretando um dos Bosley, o responsável por garantir a segurança das Panteras durante as missões.

Banks sabe exatamente o que está fazendo, tanto frente quanto atrás das câmeras – e mostra que sua convicção foi o suficiente para gerar um filme que não deve nada para os dois anteriores, como também oferece o mesmo tipo de entretenimento visto na franquia Velozes e Furiosos.

Embora a trama pareça um pouco previsível no princípio, seu desenrolar acaba sendo bem satisfatório e até mesmo surpreendente, sendo tudo muito bem amarrado pelas atuações e pelas cenas de ação, que são bem empolgantes.

Apesar dos efeitos especiais perderem um pouco a qualidade em alguns momentos, não é nada que seja gritante ou irreal, aliás, eles estão até muito bem produzido para um filme que custou apenas 48 milhões de dólares.

O humor da trama está no ponto e traz muita leveza para a ótima química das protagonistas, além de trazer algumas críticas visíveis ao machismo, sem parecer algo forçado ou fora da realidade.

A trilha sonora também amarra muito bem a trama e mistura produções populares com alguns clássicos, que são muito bem aproveitados em cada cena.

No fim das contas, As Panteras sai melhor do que a encomenda e nos deixa com vontade de ver mais das equipes ao redor do mundo, bem como, novas aventuras desse trio tão carismático que nos foi apresentados. Não devendo nada para os longas anteriores, o filme se consagra como garantia de diversão.

PS: Fique atento para as MUITAS participações especiais, que são divertidíssimas e para a cena que acontece no meio dos trailers.

As Panteras estreia em 14 de novembro.