[CRÍTICA] Homem-Aranha: No Aranhaverso | O Melhor filme do Aranha já feito pela Sony

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Esta semana, finalmente chega aos cinemas brasileiros a aguardada animação Homem-Aranha: No Aranhaverso. Depois de tantos anos produzindo filmes em live-action, a Sony Pictures se arrisca em uma nova vertente, produzindo sua primeira animação baseada no Homem-Aranha, o herói mais famoso da Marvel Comics.

Ao longo dos anos, a Sony teve êxitos e tropeços com os filmes do Homem-Aranha, mas uma nova era parece ter começado quando o estúdio entrou em acordo com a Marvel Studios para que o personagem pudesse se integrar ao Universo Cinematográfico Marvel. Com o Aranha interpretado por Tom Holland, o estúdio deu mais um passo em direção às suas produções super-heroicas, começando a construção de seu próprio universo cinematográfico baseado em personagens Marvel.

Além de Venom, a Sony também lançou no ano passado (nos EUA), a animação Homem-Aranha: No Aranhverso, desta vez, dando destaque para outros personagens além de Peter Parker, principalmente para Miles Morales e Gwen Stacy, dois personagens que ganharam os holofotes nos últimos anos nas HQs da Marvel.

Assim como nos quadrinhos, Miles é um garoto de um universo alternativo que acaba adquirindo poderes aracnídeos, similares aos do Homem-Aranha, porém diferente de Peter Parker, Miles possui motivações e poderes diferentes do Aranha original, o que já é suficiente para que ele se destaque, contudo, o longa mostra aquela divertida dinâmica de um herói em treinamento, que precisa de mentores para se tornar um verdadeiro super-herói, assim como acontece com o Aranha de Tom Holland.

Recheado de referências aos quadrinhos, o longa literalmente parece uma HQ animada, seja por sua história ou por seu estilo visual único, que mescla animações em CGI com desenhos feitos à mão, além de um sombreamento único que imita impressões gráficas dos quadrinhos. O estilo visual é complementado por balões de falas e pensamentos, assim como os dos quadrinhos, que complementam nossa imersão nessa incrível animação.

Com um histórico imenso de produções do Aranha nos cinemas, é óbvio que a Sony não deixaria de homenagear a si mesma e ela faz isso de maneira genial! Recriando momentos icônicos dos filmes de Sam Raimi, o estúdio mostra que se tornou, definitivamente, a casa do Homem-Aranha, independente do acordo com a Marvel Studios, inclusive, gerando um dos momentos mais hilários do longa.

Por falar em humor, a dupla Phil Lord e Rodney Rothman soube bem trazer humor de qualidade e balancear com momentos dramáticos que realmente agregam valor para os personagens e transmitem todas as qualidades que eles apresentam nos quadrinhos de forma genial.

Outro ponto alto é, sem dúvidas, todo o trabalho de som da animação. Indo desde às minúcias de efeitos sonoros delicados até à trilha que transmite a personalidade dos personagens, tudo se encaixa perfeitamente e compõe uma obra-prima audiovisual.

Depois do desastre chamado Venom, Homem-Aranha: No Aranhaverso vem como um pedido de desculpas da Sony por qualquer erro que possam ter cometido no passado. Um pedido de desculpas divertido, emocionante e cheio de valor emocional, mostrando que a Sony sabe como fazer um bom filme do Homem-Aranha, inclusive, mal podemos esperar por mais desse universo animado que está recheado de histórias e personagens incríveis.

Homem-Aranha: No Aranhaverso estreia em 10 de janeiro de 2019.