[CRÍTICA] Marvel Rising: Secret Warriors | Os novatos são mais importantes do que você imagina!

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Não é surpresa pra ninguém que a Marvel Comics investiu pesado nos últimos anos em temas como feminismo, inclusão de minorias, combate à xenofobia, bullying e inúmeras outras questões que se emparelham e muito com nosso cotidiano atual. Embora a editora já tenha abordado temas delicados no passado, com os X-Men e com o Pantera Negra, atualmente, personagens como Kamala Khan, America Chavez e Doreen Green (Garota Esquilo), têm deixado de lado as metáforas do passado para lidar com uma abordagem mais direta, mostrando como é a vida de uma super-heroína que precisa lidar com o preconceito e com os problemas da adolescência.

Depois de muito sucesso nos quadrinhos, a Casa das Ideias está pronta para levar essas personagens incríveis para outras mídias, começando pelas animações. Iniciando com uma série de curtas-metragens chamados Marvel Rising Initiation, vimos o grupo de heroínas novatas dando os primeiros passos em direção ao estrelato. Agora, temos uma evolução dessas histórias com a chegada do longa-metragem animado Marvel Rising: Secret Warriors.

Seguindo o mesmo estilo das animações mais recentes da Marvel, vemos uma história de superação entre duas amigas que lutam para encontrar seu lugar nesse mundo de super-heróis e se encaixar em uma sociedade que não lida muito bem com os seres que foram transformados em Inumanos após a nuvem terrígena.

Curiosamente, a animação parece ter sido pensada em um padrão que se encaixa perfeitamente com as histórias do Universo Cinematográfico Marvel, o que a todo momento nos faz imaginar como seria interessante ver aqueles jovens heróis se encontrando com os grandes figurões da telona. Por falar nos heróis mais velhos, uma que tem bastante destaque no longa é a Capitã Marvel, que fará sua estreia nos cinemas no ano que vem.

No filme animado, vemos Carol Danvers servindo como uma mentora para a equipe de novatos (formada por Miss Marvel, Garota Esquilo, Tremor, Patriota, Inferno e Miss America). Ao longo da produção, vemos Kamala se mostrando uma grande fã da Capitã Marvel e almejando mais do que tudo ser como ela, porém ela acaba descobrindo que precisava ter fé em si mesma se realmente quisesse ser como sua ídola.

Embora a animação possua uma linguagem mais básica, já que seu público-alvo são as crianças, podemos dizer que ela possui uma camada crítica muito clara para todas as faixas-etárias. Em certo momento, vemos até mesmo um conflito entre as melhores amigas, Kamala e Doreen, onde as duas acabam entrando em desacordo por seus poderes, já que uma é uma mutante e a outra uma Inumana, o que nos permite notar que até mesmo entre os semelhantes existem diferenças.

Como dito anteriormente, seria ótimo podemos ver esses personagens chegando ao Universo Cinematográfico Marvel, ainda mais quando passam tanta inocência e naturalidade ao nos mostrar um jovem garoto negro que luta para provar seu valor, mesmo tendo sido treinado pelo Capitão América, ou uma alienígena que foi criada por duas mães e que tenta sobreviver na Terra.

Marvel Rising: Secret Warriors estreia hoje, 11 de novembro, às 20h no Disney Channel.