[CRÍTICA] Pacificador – 1ª Temporada | De odiado a amado

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Logo após o lançamento de O Esquadrão Suicida (2021), foi anunciada uma série derivada, escrita e dirigida pelo próprio James Gunn. Para a surpresa de muitos, a série derivada era do personagem mais controverso do filme, o Pacificador.

Sendo uma produção totalmente idealizada pelo Gunn, ela tinha o voto de confiança de que poderia ser boa e acabou sendo uma das melhores séries do gênero até então.

POR QUE UMA SÉRIE DO PACIFICADOR ERA NECESSÁRIA?

Em O Esquadrão Suicida, todos os personagens tiveram um arco no qual suas histórias foram apresentadas e até concluídas durante o filme. Já sabíamos o suficiente sobre aqueles personagens, mas apenas um não tem a devida apresentação, que é o nosso Pacificador. Sua história é pincelada de forma muito superficial, citando só que foi treinado por seu pai e nada além disso.

Na série, descobrimos mais sobre o pai dele, e por que ele o treinou pra ser do jeito que é, e também somos apresentados ao conflito do personagem, que almeja a paz a qualquer custo. Será que a paz vale mais do que qualquer coisa?

JOHN CENA COMO PACIFICADOR.

Desde que começaram as entrevistas com o elenco de Esquadrão Suicida, já era nítido o comprometimento que John Cena tinha com o personagem, sempre indo com o uniforme nas coletivas e mostrando o amor pelo trabalho que estava fazendo. Que ele conseguia encarar o papel como personagem secundário era claro, mas a dúvida era se ele conseguia entregar tudo de si como protagonista, tendo em vista que, até então, ele não tinha feito nada grande como protagonista. De forma inesperada, John Cena entrega uma ótima atuação não só quando se trata de comédia, pois, em certos momentos onde o drama é necessário, ele consegue emocionar de verdade. Hoje em dia, fica difícil ver outro ator fazendo o personagem, é um daqueles casos onde o ator parece que nasceu pra fazer “herói”.

PERSONAGENS NOVOS E NÃO TÃO NOVOS ASSIM.

[CRÍTICA] Pacificador - 1ª Temporada | De Odiado a Amado

James Gunn tem esse poder de pegar personagens mais desconhecidos e fazer algo maravilhoso em cima deles, assim como ele fez em Guardiões da Galáxia e no próprio Esquadrão Suicida; na série, somos apresentados a personagens novos, e também a personagens resgatados do filme que precede a história da série. Personagens que eram coadjuvantes no filme são tratados com tanta importância que, em certos momentos, eles são responsáveis pelas cenas mais dramáticas da série. Dentre as adições de personagens novos está o Vigilante, um psicopata que tem uma obsessão pelo Pacificador, e que acredita que eles são melhores amigos. Sem dúvidas, ele é a melhor adição pra série, apesar de ter sua personalidade totalmente reformulada, ele acaba sendo um dos personagens mais engraçados da série inteira.

COMÉDIA EXAGERADA?

[CRÍTICA] Pacificador - 1ª Temporada | De Odiado a Amado

O humor é muito presente nas produções de James Gunn. Às vezes, ele acerta muito no timing da piada, mas, às vezes, é um pouco exagerado. Isso já vinha desde O Esquadrão Suicida. Com a série do Pacificador, isso se repete, com momentos onde a piada pode ir longe demais, e até atrapalhar um momento que era pra ser mais dramático. O humor nesses momentos acaba nos afastando do drama, mas se tratam de momentos pontuais, embora você possa ter certeza de que nos episódios vai ter pelo menos uma piada que talvez dure um pouco mais do que deveria. Como humor é bastante subjetivo, pode ser que algumas pessoas não se incomodem com isso, mas é algo que vale ressaltar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pacificador já é uma das melhores séries do ano, consegue desenvolver personagens que não eram ninguém, e os transforma em personagens amados pelo público. Tem cenas de ação muito bem dirigidas, a trilha sonora é padrão James Gunn; ou seja, excelente. E, como bônus, a série ainda tem a melhor abertura de todas as séries de herói.