[CRÍTICA] The Post: A Guerra Secreta | A união perfeita entre Hanks, Streep e Spielberg

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O que falar de um filme que já consegue te deixar boquiaberto com a qualidade de atuação do elenco? Tom Hanks, Meryl Streep, Sarah Paulson, Bob Odenkirk, Bruce Greenwood, David Cross e é claro, por último mas não menos importante, o filme tem a direção do renomado Steven Spielberg.

The Post: A Guerra Secreta, se passa em 1971. Quando o The New York Times começou a publicar estudos de guerra do ex-secretário de defesa dos Estados Unidos, Robert McNamara (Bruce Greenwood). Depois de uma série de publicações feitas pelo The New York Times, o The Post viu incrível interesse em publicar tais informações também, uma vez que o jornal passava por algumas dificuldades na época (principalmente por ser um jornal regional e não nacional) e por este motivo, Ben Bradlee (Tom Hanks), pede para que sua equipe consiga de alguma forma algo exclusivo.

Daniel Ellsberg foi o responsável por trazer à superfície tais documentos, ele trabalhava no Departamento de Defesa e obviamente queria o fim da Guerra do Vietnã. Após anos ouvindo mentiras sobre o que realmente estava acontecendo durante esse período, encontrou em documentos todos os motivos que fizeram com que essa guerra permanecesse por tanto tempo e guardou com ele cópias e mais cópias dos mesmos. Depois de 6 anos, Daniel conseguiu entregar os documentos à alguém do The New York Times.

Nas publicações, John Kennedy, Lindon Johnson, Eisenhower e o presidente em exercício, Nixon, foram citados e acabaram nas mãos revoltas da população que não conseguia imaginar tais atos feitos por esse estudo e é claro, o fato de todos os presidentes terem sido coniventes com isso durante tantos anos.

O filme trás dentre as maiores críticas sociais, a liberdade de imprensa e consegue transmitir todo o poder do que uma única reportagem pode trazer à população. Kay Graham (Meryl Streep) herdeira e diretora do The Post junto com Ben Bradlee (Tom Hanks) observam todos os acontecimentos esperando que algo possa surgir para que eles possam trazer ao jornal alguma matéria. Acontece que o The New York Times acaba sendo proibido a mando de Nixon, por ordem judicial de publicar mais informações ou documentos do estudo. Kay Graham e Ben Bradlee veem então a oportunidade de conseguir publicar a matéria que trará a visibilidade que eles precisavam para que o The Post se reerguesse.

Porém, os advogados do The Post informam a Kay Graham que muitos contras poderiam acontecer caso o The Post publicasse tais informações. Todos poderiam ser levados à corte ou até mesmo serem presos. Encurralada, ela então conta com a ajuda de Ben Bradlee para tomar sua decisão e botar em frente a sua maior questão pessoal: perder o jornal que estava a anos em sua família, ou publicar os documentos e dar a sociedade o direito de saber tais coisas através da liberdade de imprensa?

Sem mais palavras. O filme é realmente pulsante. Prende você à cadeira e a todos os acontecimentos de forma que a angústia passada pela incrível Meryl Streep faz com que o nó na garganta seja seu também. Além disso, o papel de empoderamento feminino passado pela personagem de Meryl é bem marcante e não passa despercebido, até porque, em uma época onde uma mulher na direção de um jornal era incomum, muitas coisas e até mesmo atos de conselheiros do The Post colocavam a tal em situações desconfortáveis.

A atuação de Tom Hanks também não passa despercebida e mais uma vez ele mostra como ele consegue ser um camaleão entre as suas atuações. Ele com certeza não poderia ter sido melhor escolhido para o papel. Seus olhares e atos durante todo o filme fazem com que você esqueça quem é Tom Hanks e enxergue Ben Bradlee como um todo.

The Post nos proporciona uma incrível experiência cinematográfica. Ver Meryl Streep e Tom Hanks atuando juntos pela primeira vez nos faz querer mais e mais com toda a certeza. Steven Spielberg conseguiu transformar um começo confuso em algo completamente fácil de se entender ao longo do decorrer do filme. Bob Odenkirk (Better Call Saul) e Sarah Paulson (American Horror Story) também estão no elenco, porém, com a força de interpretação dos protagonistas acabam apenas ficando em segundo plano, mas mesmo assim com uma ótima atuação.

NOTA: 5/5

O filme estréia dia 25 de janeiros nos cinemas, e você com certeza não pode perder porque vale o valor do ingresso!