[CRÍTICA] Top Gun: Maverick | Revivendo um clássico do jeito certo

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Hollywood segue uma onda curiosa de reviver clássicos do passado, seja através de novas continuações ou até mesmo recomeçando tudo do zero usando referências do original e atualizando as narrativas, mas em sua grande maioria, essas tentativas acabam não conseguindo cair nas graças do público.

Felizmente, Top Gun: Maverick chegou para mostrar como é possível reviver um clássico do jeito certo. Mesmo com muitos de distância em relação ao original, atrasos na produção e adiamentos, o retorno da franquia voou alto e acertou em cheio em diversos quesitos que tornam a experiência uma bela surpresa.

Quase 30 anos depois de participar do programa Top Gun, relutante em deixar seu posto de capitão, apenas subindo de patente para dar ordens e perdendo o contato com a adrenalina que tanto ama, Pete “Maverick” Mitchell (Tom Cruise) precisa retornar às suas origens para ensinar novos pilotos uma manobra extremamente perigosa, onde talvez eles não consigam voltar com vida.

Basicamente, é nisso que o filme se apoia. A honra de Maverick para com seus pilotos é inabalável, fazendo com que ele trace um plano para que todos voltem vivos, além de lidar com fantasmas do passado ao encontrar Rooster (Miles Teller), filho de Goose (Anthony Edwards), seu antigo parceiro que morreu no primeiro filme após um acidente com seu caça.

O roteiro consegue conciliar bem o conflito do herói com sua culpa e ainda assim enfrentar essa problemática missão, além de trazer um toque nostálgico incrível dos anos 80, sem abandonar o contexto atual em que se passa.

Também não podemos negar que esse é um filme conduzido com bastante competência pelo diretor Joseph Kosinski e a equipe de escritores, que souberam trabalhar junto com as exigências de Tom Cruise e balancear o drama, criando vários personagens novos, carismáticos e bem aproveitados, acertar perfeitamente no tom do humor e desenvolver cenas de ação que chegam a ser emocionantes e até mesmo tensas em certos momentos.

Top Gun: Maverick é um filme que se deleita em referências e respeita seu legado, sendo ao mesmo tempo uma máquina do tempo para os espectadores mais antigos, assim como um pavimento para o futuro de uma forma delirante e majestosa.