[CRÍTICA] Vingadores: Ultimato | Não poderia haver conclusão melhor para a Saga do Infinito

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Após 11 anos de um universo bem construído, finalmente vemos a culminação dos 22 filmes do Universo Cinematográfico da Marvel em Vingadores: Ultimato. Novamente, Kevin Feige e os diretores Anthony e Joe Russo conseguiram entregar o que prometeram: um filme bem complexo e surreal.

Vingadores: Ultimato começa imediatamente após o estalar de dedos do Thanos (Josh Brolin). Aqui, vemos o primeiro filme pós-apocalíptico de super-heróis. Se em Guerra Infinita o foco principal era o Thanos e seu plano de eliminar metade dos seres vivos do universo, em Ultimato, o foco são os Vingadores, ao menos o que restou deles.

No longa, os heróis precisam lidar com as perdas e ao mesmo tempo cuidar do que restou do mundo e seguir em frente. Alguns dos Vingadores conseguem “batear a poeira” e continuar suas vidas mesmo com a derrota, mas o Capitão América (Chris Evans) e a Viúva Negra (Scarlett Johansson) são os que mais sofrem com essas perdas e se mostram extremamente abalados.

Com isso, os Vingadores sobreviventes tentam de qualquer maneira restaurar a ordem do universo e impedir que Thanos mantenha o poder das Joias do Infinito.

Temos também finalmente o desenrolar das ações de Guerra Civil entre Steve Rogers e Tony Stark (Robert Downey Jr.). O filme mostra o debate e como cada um lidou com as consequências da separação – e como isso afetou a batalha contra o Thanos.

Os Vingadores originais são os que têm mais destaque no filme. Thor (Chris Hemsworth), Capitão América e Homem de Ferro, cada um deles possui uma cena de homenagem a seus filmes anteriores que deixarão os fãs extremamente emocionados.

Enquanto em Guerra Infinita conseguimos nos divertir por ver pela primeira vez a interação de todos os personagens desse Universo Cinematográfico da Marvel e tínhamos a sensação de leveza nas atuações, em Ultimato podemos ver o pesar nas atuações dos atores, cujos personagens se ressentem pelo que aconteceu. O filme mostra muito bem a insegurança de Tony, ao mesmo tempo em que ele sente a necessidade de salvar o mundo, ele também tem muito a perder.

Josh Brolin como Thanos continua conseguindo passar o senso de extrema ameaça, se consagrando como o vilão mais forte e cruel desse Universo Marvel. Após ter concretizado seus planos, Thanos faz dos heróis seus inimigos diretos, a fim de impedir que eles desfaçam o que aconteceu em Guerra Inifinita.

Apesar do filme ter bastante drama, tivemos espaço para alívios cômicos que deixam a trama perfeitamente balanceada (como todas as coisas devem ser).

Quanto aos efeitos visuais, o filme mostra uma evolução surpreendente em relação a Guerra Infinita, o que é absurdo quando levamos em conta o quão polido o filme anterior era. Os detalhes de Thanos continuam impressionantes e são o grande destaque da parte gráfica.

Todos os núcleos do longa são importantes e agregam a trama de alguma maneira.

Vingadores: Ultimato consegue entregar uma épica história com cenas de ação de tirar o fôlego, possuindo diversas homenagens a tudo o que já foi feito no Universo Cinematográfico Marvel até agora, até mesmo recriando cenas icônicas e marcantes de quadrinhos. É o filme mais grandioso já feito pela Marvel Studios, trazendo tudo aquilo que os fãs mais amam em uma escala estratosférica, sendo um verdadeiro presente da Marvel para os fãs de quadrinhos e os fãs que acompanharam esses 11 anos de filmes.

O filme não teve nenhuma cena pós-créditos.