Happy Halloween | O terror slasher e a volta dos maníacos assassinos

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O gênero do terror no cinema abrange diversas nuances e vários subtipos, e pode-se afirmar que um dos mais populares é o subgênero intitulado “slasher”. Apesar de não ser o primeiro, o filme mais lembrado no sentido do pioneirismo foi “O Massacre da Serra Elétrica”, lançado em 1974 e dirigido por Tobe Hooper, trazendo o ator Gunnar Hansen na pele do assassino Leatherface. O filme tornou-se um clássico do cinema de horror e inaugurou uma nova onda de outros longa-metragens no mesmo estilo.

A fórmula é basicamente: Assassinos psicopatas que matam aleatoriamente. O orçamento é baixo, e geralmente, possuem muito sangue e gore, e são nomeados e conhecidos como “terror b”.

Quatro anos depois, em 1978, veio Halloween, com direção de John Carpenter, trazendo uma mistura de tensão, pavor e gritos numa medida que o cinema que o cinema ainda não havia testemunhado. Daí pra frente o slasher de tornou extremamente popular durante os anos 80. Muitas novas franquias como: Sexta-Feira 13, A Hora do Pesadelo, O Brinquedo Assassino, e os pioneiros O Massacre da Serra Elétrica e Halloween ganharam intermináveis sequências, explorando cada vez mais o potencial dos seus personagens-ícones.

Outras boas produções foram lançadas, como: Comunhão (1976), dirigido por Alfred Sole e Noite do Terror (1974), por Bob Clark. Mas eram os maniacos fantasiados que povoavam o imaginário do público. Naturalmente, a fadiga do slasher veio, e os filmes começavam a perder o fôlego a partir do início dos anos 90.

O quadro novamente mudou quando Wes Craven, que dirigiu o primeiro A Hora do Pesadelo (1984), lançou Pânico, em 1996, dialogando de um modo diferente com a juventude daquela década, e trazendo uma metalinguagem ímpar, acompanhada de boas doses de terror e mistério. Era o fôlego que o gênero tanto necessitava, e a partir dele, outros filmes vieram na esteira do sucesso de Pânico, assim como as suas próprias sequências.

Passado esse momento, durante os anos 2000, pouca coisa de qualidade foi lançada, sendo “Jogos Mortais” uma grande exceção. O resto foram tentativas de remakes e reboots fracassados de franquias oitentistas, como A Hora do Pesadelo e Sexta-feira 13. Foi então que a Universal Pictures resolveu lançar em 2018, uma sequência de Halloween, dando um fechamento para o confronto entre Laurie Strode e Michael Myers, além de ignorar todos os filmes posteriores ao primeiro.

Sucesso de crítica, no primeiro final de semana, o filme arrecadou impressionantes 77,5 milhões de dólares, e até o momento soma 172 milhões mundialmente, desbancando Pânico (1996) do posto de maior bilheteria de um filme slasher. Ainda não foi confirmada uma sequência, porém, Halloween deu um indicativo de que o gênero pode se renovar mais uma vez.

Robert Englund já demonstrou interesse em viver o Freddy Krueger mais uma vez, a franquia Sexta-Feira 13 vai ganhar um reboot, assim como O Brinquedo Assassino, com os produtores de IT: A Coisa. Tudo isso após Halloween se provar um sucesso, principalmente nos EUA. Fora dessa curva, “A Morte te dá Parabéns (2017)” é uma bela homenagem ao terror dos anos 1990, e além disso, também ganhará uma sequência em 2019.

Seria isso um revival do slasher e de algumas das sagas mais amadas dos fãs de terror? É provável que sim. O terror se renova constantemente, e mesmo no retorno de velhas figuras. Afinal, como é dito em Pânico: “Eles sempre voltam!”