[JOGAMOS] Thronebreaker: The Witcher Tales | Novo RPG mostra que a franquia é muito mais do que bruxeiros e cartas!

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A CD Projekt Red, desenvolvedora da aclamada franquia The Witcher, se prepara para mais um lançamento baseado na obra de Andrzej Sapkowski, desta vez, deixando de lado o icônico Geralt de Rivia e dando foco para a Rainha Meve.

Em The Witcher 3: Wild Hunt, descobrimos um divertido jogo de cartas chamado GWENT, e o que era apenas um minigame da franquia, acabou ficando mais encorpado e se tornou um jogo derivado multiplayer. Depois de muito tempo em fase beta, GWENT: The Witcher Card Game se prepara para chegar ao mercado em sua versão final, mas a CD Projekt Red sabe do potencial do jogo e também sabe que terá de enfrentar concorrentes de peso como Hearthstone, com isso, o estúdio Polonês decidiu que precisava ir além se quisesse ganhar mais uma fatia do mercado.

Ao pensar em como expandir a experiência dos usuários, a desenvolvedora anunciou em meados de 2017, a expansão Thronebreaker, que exploraria o modo single player e daria um propósito maior para o jogo de cartas, contudo, a expansão acabou se tornando algo muito maior do que o planejamento inicial e a CD Projekt Red decidiu que ele deveria ser lançado como um jogo completo.

Thronebreaker acabou se tornando o primeiro capítulo da saga “The Witcher Tales“, onde veremos histórias paralelas a de Geralt, conhecendo novos locais e criaturas do universo de The Witcher. A primeira delas é focada em Meve, uma rainha veterana de guerra de dois Reinos do Norte – Lyria e Rivia. Diante de uma iminente invasão nilfgaardiana, Meve é forçada a entrar novamente na guerra e partir para uma jornada sombria de destruição e vingança.

No pouco tempo que pudemos jogar, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco  da mecânica e como o sistema de RPG se encaixa com o o jogo de cartas. Curiosamente, a fusão funciona muito bem e, logo de cara, você fica indeciso sobre o que te deixa mais ansioso, descobrir mais sobre a história de Meve ou travar novas batalhas.

Por falar em batalhas, os jogos de carta não servem apenas para enfrentar criaturas e soldados inimigos, como também passar por obstáculos, como um deslizamento que poderia soterrar a rainha. Embora a ideia possa parecer estranha, ela funciona incrivelmente bem e deixa a história mais interativa.

Como todo bom RPG, Meve precisa captar recursos para fortalecer suas tropas, criar cartas mais poderosas e realizar missões paralelas e isso é uma bela forma de fazer com que a campanha se conecte com a mecânica de GWENT.

Como esperado de um modo singleplayer, o forte de Thronebreaker é sua história, que conta com personagens carismáticos, além do sistema de escolhas  e consequências, que fazem com que sua progressão seja alterada drasticamente. Para se ter uma ideia, a campanha conta cerca de 30 horas, contendo 20 tipos diferentes de encerramentos, baseados nas escolhas que você fez ao longo da campanha.

Ao falarmos sobre as missões principais e paralelas, Thronebreaker conta com 75 delas, o que garante um bom tempo de jogo, sem contar o fato de que você pode começar um novo jogo fazendo escolhas diferentes, garantindo uma vida útil ainda maior para o título.

Além de Lyria e Rivia, Thronebreaker explorará outros locais dos contos de The Witcher que não haviam sido explorados nos jogos anteriores, como é o caso de Mahakam, o Reino dos Duendes.

Em termos gráficos, podemos dizer que o título é muito competente, entregando um cenário limpo e simplificado, que conta com texturas e cores bonitas, é claro, temos de nos lembrar que esse é um jogo que nasceu como uma expansão de um jogo de cartas, o que significa que ele não tem a obrigação de ser tão detalhado quanto os jogos da franquia principal.

Usando o sistema point and click para a mobilidade de Meve e captação de recursos, o jogo se assemelha um pouco a títulos como Age of Empires, que se beneficia da câmera superior para dar a ilusão de perspectiva dos cenários e personagens.

Contando com uma localização completa em português do Brasil, o jogo é ainda mais imersivo, que se beneficia de vozes famosas do cinema, que dão mais profundidade e humor aos personagens, bem como aumentam a aproximação dos mesmos para com os jogadores brasileiros. Pelo que deu pra notar, o texto da dublagem foi bem adaptado e não está mecânico e desajustado, assim como os textos que aprecem em tela, que não contam com erros de grafia e concordância.

Pelo pouco que pudemos conferir de Thronebreaker: The Witcher Tales, deu pra notar que a campanha mescla elementos clássicos dos RPGs, com uma história interessante, personagens carismáticos e as viciantes partidas com cartas. Se você é fã do estilo, com certeza vale dar uma chance para o título, ainda mais quando ele já vem com o GWENT nativamente instalado, que lhe permite jogar somente com as cartas no modo multiplayer.

É interessante vermos essa preocupação da CD Projekt Red em agregar conteúdo aos seus produtos, fazendo com que eles tenham um propósito narrativo que se integre com as mecânicas inovadoras.

A versão para PC de Thronebreaker: The Witcher Tales já está em pré-venda na GOG.com, com o preço de R$ 99,99A pré-venda para PS4, especificamente para a região da Europa, começará em breve.

 Ao adquirir Thronebreaker: The Witcher Tales, você receberá os seguintes conteúdos digitais adicionais:

  • Trilha sonora oficial de Thronebreaker.

  • Versão digital do livro artístico de GWENT: Art of The Witcher Card Game, da Dark Horse.

  • Artes conceituais, incluindo o mapa da região de Lyria.

  • O romance gráfico de Witcher “Fox Children”, da Dark Horse.

  • Dois títulos de jogador para GWENT: The Witcher Card Game.

  • Dois avatares de jogador para GWENT: The Witcher Card Game.

  • Cinco barris premium para GWENT: The Witcher Card Game.

Thronebreaker: The Witcher Tales será lançado para PC via GOG.com no dia 23 de outubro, por R$ 99,99. A versão do jogo para Xbox One e PlayStation 4 será lançada no dia 4 de dezembro, com preço a definir.