Baseado em um “clássico” filme trash de palhaços assassinos que vieram do espaço para destruir os humanos, Killer Klowns From Outer Space: The Game chegou nas plataformas. O jogo tem o objetivo de ser mais um Dead By Daylight, mas falha infelizmente com isso.
O Cromossomo Nerd teve a honra de poder testar, em acesso antecipado, o novo título de terror. Devo ressaltar inicialmente que o jogo não possui uma campanha e é inteiramente focado no multiplayer com outros jogadores. Dito isso, tentaremos abordar as partes principais do jogo.
Gameplay do Killer Klowns
Em Killer Klowns From Outer Space, o jogador pode escolher entre um palhaço ou humano. As partidas funcionam como 7×3, com os palhaços em menor número. Uma clara desvantagem ao se observar apenas os números, mas os vilões possuem armas úteis e habilidades para enfrentar os humanos, que por sua vez, só possuem alguns itens que podem ser achados no mapa.
Ao escolher os palhaços, os jogadores terão uma experiência focada completamente na ação, com o objetivo de caçar e atrapalhar a vida dos humanos. Como dito antes, é possível contar com diversas formas interessantes de acabar com eles, como o próprio “Klowntality”, uma espécie de Fatality, como o próprio nome sugere.
São quatro Klowntality diferentes até onde vi e é algo bem legal, um ponto positivo para o game. Porém, depois de algumas poucas vezes, perde a magia da primeira vez que você vê aquilo acontecer devido aos efeitos toscos de sangue e violência, que refletem em manchas nas roupas das vítimas e uma explosão “meh” de sangue ao finalizar.
Já como humano, você enfrenta, teoricamente, um cenário de terror e sobrevivência, que te obriga a procurar equipamentos úteis que podem te ajudar a nocautear os palhaços e fugir deles. Não consegui jogar uma partida como humano, mas a gameplay se assemelha ao Dead By Daylight, só que de forma bem mais simples.
O jogo possui um sistema de progressão que favorece apenas o palhaço praticamente, tanto no sentido de habilidades, quanto na customização, que é bem mais interessante e variadas em comparação ao dos humanos, que é tanto faz, tanto fez.
Gráficos do jogo e o desempenho de Killer Klowns From Outer Space
Em relação aos gráficos, o título chega a impressionar inicialmente. Vemos os modelos dos palhaços e o quão bem feita a textura deles. O problema vem depois, ao descobrimos tanto pelo cenário quanto pelos humanos, que os gráficos, na verdade, são apenas bem trabalhados nos palhaços.
Tudo bem que os vilões estão escancarados no nome do jogo, mas faltou equilíbrio até nisso na hora de jogar com humanos. Seus cenários são bem ok, nada muito uau e costumam se basear em parques de diversões e pequenas áreas de cidades.
Vale destacar que, infelizmente, esse exagero de texturas acabam refletindo no desempenho do jogo. Por diversas vezes sofri com stutterings em minha gameplay e uma taxa de quadro instável. Contudo, melhorou após adaptar as configurações para um híbrido de Alto e Médio.
As músicas bem ritmadas de Killer Klowns
Dos poucos pontos positivos, Killer Klowns conta com uma trilha sonora bem interessante e que se adapta ritmicamente conforme a situação em que os jogadores estão. Está no papel de um humano? Você terá sons de suspenses a todo instante, mas ao ser perseguido, isso mudará para algo mais frenético e alto.
Não são sons memoráveis, mas cumprem bem o seu papel na hora de ajudar o jogo a criar uma boa atmosfera para perigosa. Apesar disso, o restante do jogo dificulta esse trabalho de forma geral.
O veredito
Killer Klowns From Outer Space: The Game tem uma ideia interessante ao juntar os elementos de Dead By Daylight com um clássico filme trash de palhaços alienígenas. Com amigos, podemos esquecer os problemas citados em relação ao jogo e até tirar boas gargalhadas em algumas sessões.
Porém, não se espante caso você e seus amigos, ao jogarem o game por um fim de semana, desistam de voltar para o título. É completamente compreensível e fica difícil esconder isso.
*O Cromossomo Nerd agradece a Illfonic por fornecer uma chave de acesso do jogo na Steam para esta análise.