The Last of Us Parte II | Recebendo o cuidado que merece no PC – ANÁLISE

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The Last of Us Parte II Remastered é a sequência do aclamado game de 2013, The Last of Us, que traz uma nova jornada emocionante lidando com as consequências das escolhas feitas no primeiro título.

Quase cinco anos depois de seu lançamento nos consoles da Sony, o jogo finalmente chega ao PC, trazendo algumas novidades e melhorias. Além de, claro, dividir mais uma vez os jogadores.

Lançado originalmente em junho de 2020, desenvolvido pela Naughty Dog e exclusivo para PS4, The Last of Us Parte II Remastered chegou aos PCs dessa vez graças aos esforços da Nixxes Software, o que é um ponto extremamente positivo.

Cromossomo Nerd teve a oportunidade de testar o port do game e analisar seu desempenho e otimização.

A história de The Last of Us Parte II

Após os eventos do game anterior, a decisão de Joel salvar Ellie, assim impedindo a possível criação de uma vacina contra o fungo que devastou o mundo, acaba tendo mais consequências do que ele poderia imaginar. Contudo, ele acaba escondendo o que realmente aconteceu da menina, com medo do que ela possa pensar dele.

The Last of Us Parte IIEntão somos a apresentados a uma nova protagonista, Abby, e descobrimos que, durante o resgaste da Ellie, Joel acaba matando Jerry Anderson, o cirurgião dos Vagalumes e pai de nova personagem. Agora mais de quatro anos depois do acontecido, Joel vive com Ellie no Condado de Jackson, uma das poucas cidades ainda restantes no mundo. Quanto a Abby, ela busca sua vingança, não importa as consequências.

The Last of Us Parte II Ellie acaba descobrindo que Joel escondeu dela o que realmente aconteceu no hospital, e o confronta dizendo que a decisão não era dele para ser tomada. Após a discussão, a garota passa a evita-lo.

Durante uma de suas patrulhas recorrentes fora da cidade, Joel acaba demorando mais que o costume, e agora cabe a Ellie procurar aquele que é como um pai para ela.

The Last of Us Parte IIPara o azar de Joel e sorte de Abby, os dois acabam se trombando durante um ataque colossal de infectados, e ele acaba salvando aquela que logo após viria a se tornar sua algoz. Ellie chega a tempo de encontrar Joel com vida, mas apenas para assistir Abby concluir sua vingança de forma cruel.

Logo depois de ser deixada inconsciente, a garota recobra os sentidos e da de cara com um Joel já sem vida. Agora Ellie decide partir em busca de vingança da mesma forma que  Abby, formando assim um ciclo sem fim de morte e violência, que acaba sem trazer o que foi de volta, e muito menos diminuindo a dor da perda.

Os gráficos de The Last of Us Parte II

No PlayStation, o game já contava com gráficos incríveis, mas é no PC que ele atinge a sua qualidade gráfica máxima. O game se torna um dos melhores títulos da geração em questão visual, seja por parte dos personagens ou até mesmo cenários.

O game chega com diversos recursos de qualidade exclusivos para o PC, dando ainda mais vida e beleza para as montanhas nevadas de Jackson, Wyoming, e para as ruas encharcadas de chuva de Seattle, Washington.

Não é só de cenários bonitos que o jogo é feito. Muito pelo contrário, a riqueza de detalhes nos ambientes claustrofóbicos e nos infectados chega a ser surreal, dando toda imersão e desespero de forma primorosa ao jogador.

Certamente outro destaque do jogo é a capacidade de tranformar os cenários pós-apocalíptico em lindas paisagens, trazendo uma sensação de belo mesmo na destruição.

Jogabilidade

Seguindo o mesmo padrão do game anterior, temos a mesma jogabilidade com mais refinamento e melhorias. Também temos novos comandos, tornando essa umas das melhores coisas do game.

Uma das principais novidades certamente é a movimentação aprimorada e exploração, dando bastante liberdade ao jogador. Isso me surpreendeu muito positivamente, pois não esperava tamanha autonomia e interação com os cenários, seja subindo ou escalando com cordas, certamente sendo uma das melhores de jogos do genêro até hoje.

Outro ponto muito forte está na dualidade das protagonistas. Abby é praticamente um tanque, capaz de enfrentar infectados so com as próprias mãos, enquanto Ellie utiliza mais da agilidade e velocidade para lidar com os inimigos.

O fato de intercalar entre as duas, vivendo as duas histórias e entendendo as motivações de cada uma tentando sobreviver também foi uma ótima sacada, afinal cada uma se considera a heróina de sua própria história.

The Last of Us Parte II

A forma de criação de itens e melhorias para personagens também se assemelha com a do seu antecessor, porém com alguns novos itens. O upgrade das armas também continua praticamente igual, é preciso achar uma mesa de ferramentas durante o jogo, e ter o material exigido para cada melhoria, sendo possível aumentar da cadência do tiro a capacidade de balas.

The Last of Us Parte II

Outro ponto positivo está na adaptação dos comandos para teclado e mouse, se encaixando perfeitamente para jogadores mais familiarizados.

Trilha Sonora

Em todo jogo, a trilha sonora é algo extremamente essencia. Em The Last of Us Parte II Remastered os desenvolvedores tentam fazer com que as faixas fizessem parte tanto do jogo como dos jogadores, e a relação entre sons e emoções é bastante explorada durante a dramática aventura.

A maneira que Ellie encontra de manter as memórias com Joel viva são com a paixão do mesmo pela música, e das aulas de violão que ela tivera com ele. As trilhas foram escritas e produzidas pelos compositores Gustavo Santaolalla, que já trabalhou no primeiro game, e Mac Quayle.

Perfomance e Desempenho

Algo que foi bastante discutido pelos jogadoers foi quanto a performance do jogo. Depois do conturbado lançamento de The Last of Us parte I no PC, a grande maioria ficou com dúvidas e receio, mas a Nixxes Software foi a escolha perfeita para traz a sequência para a nova plataforma.

The Last of Us Parte IIO game conta com todas as diversas tecnologias presente no PC, incluindo DLSSFSR 3, além de NVIDIA Reflex, e gerador de quadros. Contudo, já adianto que tais recursos nem foram necessários nos testes, pois o game se comportou de forma excelente sem apresentar quaisquer tipos de travamentos, crashs e muito menos as temíveis atualizações de shaders infinitos.

The Last of Us Parte II

O teste foi realizado em uma RTX 4070, um Ryzen 7600 e 32GB de memória RAM em resolução Quad HD (2560×1440) de forma nativa. Todas as configurações mais altas disponíveis foram utilizadas. Em momento algum foi necessário o uso de upscalings, e muito menos gerador de quadros, pois o game se manteve sempre acima dos 60 FPS em todos os cenários possíveis.

Considerações Finais

Mesmo que The Last of Us Parte II Remastered acabe dividindo opiniões pela sua história, é inegavel a qualidade do jogo e de sua gameplay extremamente fluida. Apesar de algumas escolhas do enredo passarem um pouco do ponto, isso não diminui o game, que é uma grange obra que merece ser apreciada.

The Last of Us Parte II

*O Cromossomo Nerd agradece a PlayStation Brasil e Giusti Comunicação por ter nos cedido uma cópia do jogo para esta análise.