Valerian e a Cidade dos Mil Planetas | Cara Delavigne é a “melhor” coisa do filme

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Luc Besson mais uma vez mergulha no universo futurista para dar vida à uma HQ francesa que fez parte de sua infância, Valerian, dado o histórico do diretor, poderíamos esperar algo tão épico quanto O Quinto Elemento, ou até mesmo com várias camadas de interpretação como Lucy, porém infelizmente esse não é o caso.

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas não quer ser um filme de origem, os personagens já estão estabelecidos e suas metas também, a primeira metade do filme é de encher os olhos, usando efeitos especiais incríveis, e apresentando uma raça alienígena que é a personificação do perfeito, esse é o pano de fundo da trama que aparentemente é centralizada na extinção desse povo.

Entretanto, toda essa beleza visual não é suficiente para sustentar a trama e as atuações fracas que o filme nos apresenta, Dane Dehaan (Valerian) apesar de carismático, nos apresenta um protagonista que não se sobressai e em poucos momentos consegue ter algum destaque, enquanto isso, Cara Delavigne (Lauraline) acaba se destacando justamente por interpretar… Cara Delavigne, a coadjuvante não demonstra expressões faciais diversificadas e tão pouco é uma atriz exemplar, entretanto, acaba se dando muito bem no papel e consegue ser um pouco mais carismática do que o protagonista.

A participação de Rihanna se salva apenas pelo momento em que ela interpreta uma dançarina que sensualiza em um pole dance usando diversos figurinos, porém ao revelar sua verdadeira forma (uma alienígena azul chamada Bubble) e concluir sua participação, a cantora acaba nos entregando um dos momentos mais constrangedores do cinema, não por sua atuação, mas pelo roteiro fraquíssimo que nos remete à Esquadrão Suicida e a desnecessária frase “Não vou perder outra família.”

Valerian acaba tendo um desfecho confuso e que não se conecta com o público. O que é uma pena, como dito anteriormente, a primeira metade do filme é de certa forma empolgante e imersiva, o que poderia deixar o filme bem mais atrativo se ele fosse mais contido.