[ANÁLISE] Far Cry New Dawn | Ideia velha, jogo novo e diversão em dobro!

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Na última sexta-feira (15), foi lançado Far Cry New Dawn, desenvolvido pela Ubisoft Montreal e publicado pela Ubisoft que demonstra as consequências geradas pelo jogo antecessor Far Cry 5, sendo um stand-alone de mundo aberto, em primeira pessoa, com muita violência e um teor selvagem.

História

“Todo ato de criação é, antes de tudo, um ato de destruição.” – Pablo Picasso

Acredite, se Picasso ficasse sabendo desse jogo, se remexeria em seu túmulo. Após a grande destruição nuclear causada no final do jogo anterior, a natureza entra em cena e volta às suas origens, recriando e cobrindo o ambiente terrestre com fauna e flora, sendo algo inesperado para os humanos restantes que presumiam o fim na vida na superfície.

Ao perceberem a modificação no ambiente e notarem a retomada da vida na Terra, os seres humanos saem dos abrigos subterrâneos e começam a retomar suas atividades de colonização do ambiente, formando comunidades, convivendo de uma maneira pacífica e próspera, porém nada dura para sempre…

Um grupo denominado Salteadoresliderados pelas irmãs gemêas: Mickey e Lou, impõe seu domínio sob as comunidades, obrigando-os a um regime de servidão e domínio.

Em meio a esta confusão, surge Thomas Rush, que junto ao seu Capitão viajam em um trem ajudando as comunidades a se reconstruírem, agindo como uma espécie de resistência contra as gêmeas.

Ideia velha

Assim como em cada geração, são desenvolvidos novos jogos e consoles, aprimoram gráficos e jogabilidade, porém deveriam melhorar o contexto onde vai se passar o enredo, a qual fica cada vez mais clichê: O ser humano egoísta dá um jeito de destruir o mundo —> bomba nuclear/vírus mortal/desastre ambiental enorme inusitado —> sobreviventes têm que conseguir uma maneira de permanecer vivos —> conflito entre eles…

Enquanto estava jogando, não parava de sentir uma sensação familiar principalmente no início, quando as vilãs são apresentadas, até que me lembrei de The Walking Dead, a tão famosa série da emissora AMC. O contexto inserido me fez sentir como se fosse um dos membros do grupo do Rick sendo emboscado pelos Salvadores (coincidentemente, a comunidade inimiga do jogo se chama Salteadores) durante a 6º temporada, inclusive, a cena de apresentação das gêmeas é muito semelhante a apresentação do personagem Negan, o que me fez pensar que era uma referência proposital à série.

Sem falar em algumas características que as vilãs possuem, que são bem similares ao Negan, como por exemplo: Uma bela de uma boca suja (se prepare para escutar os mais belos e criativos palavrões já feitos pelo cérebro humano), ameaçadas e metáforas constantes, um tom sarcástico na voz e o uso insano de violência para lidar com problemas.

Existem diversas franquias de jogos/filmes/series no qual apresentam o tema pós-apocalíptico, só vai depender se você prefere com zumbi ou sem zumbi,(Mad Max, Left 4 Dead, Eu Sou a Lenda…) que claro, são muito boas, outras, nem tanto, mas aqui fica o seguinte questionamento: Não estaria na hora de reinventar o mercado com outras ideias e não somente reutilizadas?

Ambientação e gráficos

O ambiente do jogo é coberto por detalhes gráficos muito bonitos, dando uma atenção especial para as flores, que aparecem em quantidade e tipos variados, decorando as comunidades e áreas de domínios dos salteadores.

O jogo possui um visual meio cyberpunk, com muitas cores fortes que dão um belo visual chamativo e colorido, remetendo a Infamous: Second Son e seus efeitos de neon. Vários desenhos tribais simbólicos nos equipamentos do salteadores e fogos de artifício que eles utilizam para chamar reforços destacam ainda mais essa vybe psicodélica. Se chamar atenção para o visual era o que os desenvolvedores buscavam, com certeza conseguiram.

Os detalhes visuais nos rostos dos personagens continuam excelente, principalmente em situações adversas, como quando o personagem se encontra ferido ou até mesmo quando sai da água, que demonstra a textura de roupas e pele molhada.

Um dos momentos mais impressionantes graficamente, é quando o jogador sobe em um local bem alto para olhar a paisagem enquanto os raios de sol iluminam o local. É algo realmente incrível e que te faz imergir totalmente no jogo, com texturas e detalhes grandiosos.

Jogabilidade

Far Cry: New Dawn se assimila bastante aos jogos anteriores da franquia, oferecendo uma ampla possibilidade de recursos a serem explorados no mapa.

Dirigir, pescar, nadar, criar armas malucas que lembram a franquia Dead Rising são algumas das possibilidades a serem conferidas para uma jogatina prazerosa.

Nenhum novidade nos controles do jogo, agradando tanto os amantes mais antigos da franquia quanto os novatos.

Inimigos

Para quem está acostumado a matar até mesmo os inimigos mais simplórios com um só tiro, prepare o pente de balas, porque dependendo da quantidade de inimigos, a arma que está utilizando e a dificuldade do jogo, você pode passar um bom tempo atirando.

Os inimigos apresentam uma proteção amadora (afinal de contas, como um equipamento de motocross protege CONTRA TIROS?!?) que vem a calhar contra seus disparos, fazendo com que eles demorem a morrer, consequentemente, você talvez solte “aaa que coisa chata!”.

E se os salteadores fazem você ficar irritado, recomendo que, caso se encontre com um animal mais robusto na floresta, simplesmente correr para bem longe se não estiver bem equipado, os animais são rápidos e apresentam uma defesa bem maior que a dos salteadores e podem te custar a vida para derrotá-los.

Diversão em dobro

Far Cry New Dawn é um jogo divertido e tem uma história envolvente tanto para quem é fã da série quanto para aqueles que ainda não a conhecem, mas não há nenhuma novidade que realmente te faça sair correndo desesperado para comprar.

Fácil de aprender a jogar, jogabilidade fluida também compõem o novo título da franquia. Missões paralelas, caça ao tesouro, conquistar refinarias, visual deslumbrante e, acima de tudo muita destruição, explosões e tiro pra tudo quanto é lado. Se quiser se divertir e passar o tempo, esse é o jogo ideal.