[ANÁLISE] Hi-Fi Rush chega ao PS5 com ação eletrizante e visuais estilosos!

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Lançado em janeiro do ano passado para Xbox Series X|S e PC, Hi-Fi Rush foi uma das maiores surpresas do ano, se tornando um dos melhores títulos do catálogo da Microsoft. Combinando ação, gráficos lindos e mecânicas baseadas no ritmo, o game caiu no gosto dos jogadores e crítica especializada.

Com a dona do Xbox tomando a decisão de mudar a sua abordagem na indústria, alguns de seus exclusivos chegarão aos consoles concorrentes. Entre eles, Hi-Fi Rush foi escolhido para ser lançado no PlayStation 5, o maior rival do Xbox Series X|S.

Será que Hi-Fi Rush tem espaço na biblioteca de games da Sony ou deveria ter ficado exclusivo do Xbox? Confira todos os detalhes em nossa análise!

Astro do rock

Hi-Fi Rush conta a história do jovem Chai, que tem o sonho de se tornar um rockstar. Ele se inscreve no Projeto Armstrong para receber um novo braço e conquistar os seus objetivos. Entretanto, além da nova prótese biônica, o rapaz percebe que seu tocador de música foi enxertado em seu peito.

Com o procedimento saindo diferente do esperado, Chai é considerado um defeito pela corporação Vandelay, que decide apagar a sua existência para encobrir seus erros. A partir daí, o jovem precisa fugir e esbarra em rebeldes que desejam destruir a companhia maligna.

A história de Hi-Fi Rush é simples, mas não veja isso como um defeito. Ela apenas quer ser leve e trazer uma boa desculpa para o jogador enfrentar hordas de robôs enquanto escuta rock e dá boas gargalhadas.

Justamente por adotar essa abordagem, o game da Tango Gameworks entrega uma experiência divertida, viciante, repleta de personagens carismáticos e com doses de desafio, mas sem exagerar. Na duração, o jogador poderá terminar a história principal por volta de 10 horas, mas há conteúdo extra para prolongar a experiência.

Porrada com estilo

Hi-Fi Rush é um jogo de ação rápida, o que pode levar alguns a comparar com Devil May Cry. De fato, há algumas semelhanças, porém o jogo da Microsoft não tem tanta variedade, mas entrega uma jogabilidade simples e precisa.

Ela incorpora o tocador de música enxertado em Chai, fazendo com que os golpes tenham um determinado ritmo para permitir combos destruidores. Claro, pode ser um pouco difícil pegar a ideia no início, mas com poucas horas, você estará acostumado a apertar os botões no tempo certo e abrindo um sorriso com a destruição.

Por ser um músico, Chai adota o seu estilo na hora das lutas, utilizando a sua guitarra e golpes estilosos para enfrentar robôs e outras ameaças que surgem em seu caminho. Cada golpe entrega uma nota musical que complementa a trilha sonora, fazendo o jogador se sentir no controle de tudo.

Assim como Devil May Cry, o timing é fundamental e dará pontuações maiores, mas o jogo em si não cobra que o jogador seja perfeito e muito menos adote mecânicas punitivas. Entretanto, se você quer liderar os rankings, boa sorte em ser cirúrgico nos combos.

Chai conta com golpes leves e pesados, com o primeiro exigindo uma batida para ser executado e o segundo, duas. Para realizar os combos, é necessário revezar entre botões e ao progredir. Você poderá comprar mais movimentos e novas sequências, porém, se você achar difícil demais decorar tudo, dá para fazer o “feijão com arroz” até o final do game sem problemas.

Hi-Fi Rush também conta com algumas sequências que misturam puzzles e plataforma. Algumas delas são um pouco irritantes pelo fato do pulo de Chai ser alto, mas extremamente curto. Em algumas sequências, calculei errado e precisei refazer algumas partes.

Um grande destaque de Hi-Fi Rush são as sequências contra inimigos especiais e chefes. Altamente eletrizantes, desafiadoras e com minigames, obrigarão o jogador a lutar com inteligência e agressividade, mas com cautela. Algumas podem ser frustrantes para jogadores iniciantes, mas nada que algumas tentativas não resolvam.

Hi-Fi Rush é um espetáculo visual

Se eu tivesse que definir os gráficos de Hi-Fi Rush de forma breve, eu diria, sem pestanejar, que ele está na lista de animações mais lindas que já vi em minha vida. A direção de arte capta a ideia de música, trazendo um mundo vivo, colorido e vibrante.

As animações de Chai são detalhadas e muito bem construídas, com os outros personagens também recebendo atenção especial. Em alguns momentos, os visuais me lembraram do clássico Jet Set Radio do Dreamcast e Sunset Overdrive da geração passada.

A trilha sonora é um deleite para os rockeiros. Há faixas licenciadas de bandas consagradas, como Nine Inch Nails, The Prodigy e The Black Keys, além de músicas originais. Para finalizar, o jogo está traduzido para o português e conta com uma dublagem excelente para o nosso idioma.

Por estar disponível no PlayStation 5, o jogo tem suporte ao DualSense e a Tempest Engine, ampliando a imersão do jogador. O título roda a 2160p e 60 FPS, entregando uma experiência consistente e fluida.

Considerações finais de Hi-Fi Rush

Hi-Fi Rush é um dos maiores acertos da Microsoft e seu lançamento no PlayStation 5 é ótima oportunidade para experimentar um jogo de ação divertido, envolvente e com muita personalidade.

Por mais que a duração seja um pouco curta para os padrões atuais, o game é uma experiência que incentiva o replay, principalmente por trazer conteúdo extra que exigirão algumas horas para ser completado.

Hi-Fi Rush já pode ser adquirido na PlayStation Store por R$ 149,50.

*O Cromossomo Nerd agradece a Bethesda por ceder uma cópia de Hi-Fi Rush no PlayStation 5 para esta análise!