[ANÁLISE] System Shock | Uma alegria para os gamers saudosistas da década de 90

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Depois de alguns adiamentos (certamente obra de SHODAN), o remake de System Shock finalmente será lançado em 30 de maio ao PlayStation 5, Xbox One, PlayStation 4, Xbox Series e PC. Produzido pela Nightdive Studios, o game é uma nova versão do original de 1994.

O Cromossomo Nerd teve a oportunidade de testar e analisar o jogo antes de seu lançamento, e vamos falar um pouco aqui sobre como o título se comporta, sua otimização sobre o respeito à essência do original.

A história

Começamos o jogo em Nova Atlanta, no ano de 2072, onde o mundo é comandado por grandes corporações, e uma delas é a TriOptimum, fundadora da estação espacial Cidadela. Nosso personagem é um hacker, que faz aquilo que os hackers fazem de melhor: burlar sistemas para roubar algo.

Na tentativa de roubar um implante cibernético, acabamos sendo pegos. Durante nosso transporte, é solicitado que o hacker seja levado para a estação espacial Cidadela, pelo próprio diretor, Edward Diego. Ao chegarmos ao local, nos é oferecido um acordo, hackear a IA da estação SHODAN, que controla todos os sistemas da mesma. Devemos remover as restrições éticas da IA, que segundo o diretor, têm causado problemas, os quais não são mencionados.

Como não temos outra opção, só nos resta aceitar, esperando assim a liberdade em troca. Já deu para imaginar que não é bem o que acontece, não é?

Após fazer o que nos é ordenado, acordamos em uma parte da estação, sem saber o que de fato houve. Ao começar a exploração do local, damos de cara com várias criaturas humanoides, semelhantes a zumbis, e bastante agressivas, que descobrimos depois serem humanos infectados. Sabemos um pouco mais sobre isso ao conseguir as gravações póstumas de outros tripulantes, entendendo que há um surto biológico na nave, e que essa não é a única ameaça.

Tudo o que está acontecendo é assistido e controlado por SHODAN, que fiscaliza principalmente a morte dos que buscam fugir dos infectados, pois seu plano é pior ainda: matar os humanos e transformá-los em ciborgues, para assim servirem às suas vontades, o que certamente foi desencadeado após hackearmos o sistema ético.

O jogo original foi lançando em 1994 pela Looking Glass, e se tornou um dos primeiros jogos com essa perspectiva em primeira pessoa, que é algo mais imersivo, ajudando assim a definir o estilo na indústria dos jogos. O remake mantém várias coisas do original, com algumas interfaces bastante parecidas, e até mesmo comandos, além de reciclar itens, inventário, sendo tudo muito semelhante, mas com melhorias.

Os visuais

A nova versão tem um visual bastante bonito, com escolhas retrô, o que é ótimo, tanto para manter o espírito do original, quanto manter clima de ficção dos anos 80.

A parte gráfica é uma mistura de texturas mais atuais com sombreamentos pixelados, dando aquele toque de jogo dos anos 90.

Jogabilidade

A experiência no game pode se apresentar um pouco complicada para aqueles mais acostumados com os jogos atuais, onde temos muitas pistas e marcações nos mapas, principalmente dos objetivos, mas isso não é um ponto negativo de forma alguma.

O estilo de jogo do remake remete aos títulos mais antigos, onde tínhamos de investigar cada espaço do cenário, em busca de alguma pista, e vamos aprendendo ao decorrer da gameplay, seja sobre o sistema de combate ou de abrir portas, religar energia, dentre outros desafios.

O combate do game poderia ser um pouco mais rápido ou intenso, as criaturas são um pouco lentas, tanto andando ou atacando, assim como nossos golpes, porém não é motivo para subestimar ou se descuidar, é muito fácil ser destroçado por elas, e não queremos virar um ciborgue se isso acontecer.

Mas e o e a otimização desempenho do jogo?

O jogo foi monitorado pelo MSI afterburner, e testado em um sistema equipado com uma RTX 3060 com 12 GB de VRAM, junto de um processador core i5 10400f 6/12, e 16GB de memória RAM DDR4, o que foi mais do que suficiente para rodar muito bem o game, que foi configurado no ultra, em 1440p, onde não foi necessário nem o uso de DLSS, pois se comportou muito bem, sempre acima dos 100fps, sem travamentos ou bugs, nenhum crash, problema com saves, carregamentos ou algo do tipo, tendo em vista os lançamentos atuais para o PC, podemos dizer que isso é um alívio.

Embora esse seja um jogo com gráficos simples, posso dizer que isso faz parte da estilização visual, que é completamente condizente com a proposta dos desenvolvedores. Além disso, já tivemos diversos lançamentos recentes com gráficos que pareciam mais de 2012, onde placas topo de linha não conseguiam rodar bem. Dito isso, System Shock está bem otimizado para os PCs.

Considerações finais

O título foi uma surpresa muito agradável, principalmente por poder jogar algo que remetesse tanto aos jogos antigos da década de 90. Pude notar o cuidado que foi tomado com os visuais e mecânicas do jogo. Aqueles que jogaram o original certamente irão curtir bastante essa nova versão, que vem para manter a franquia relevante nos dias de hoje.

*Gostaríamos de agradecer à PLAION e 3NMEDIA por terem nos cedido uma cópia do jogo para esta análise.