[CRÍTICA] Arranha-Céu: Coragem Sem Limite | The Rock vs O Prédio

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Arranha-céu: Coragem Sem Limite (2018) é o mais novo filme do Dwayne Johnson e conta com a direção de Rawson Marshell Thurber (Família do Bagulho).

O longa conta a história de Will Sawyer, um ex-agente do FBI, que decide se aposentar após uma tragédia; Depois de fatídicos acontecimentos, ele se vê precisando resgatar sua família de um arranha-céu em chamas.

O que mais atrai na obra são as cenas de ação; Todos os momentos do Will no prédio são de tirar o fôlego e vão te fazer segurar na cadeira com agonia – isso tudo é fruto de uma boa direção, que sabe conduzir esses momentos sem deixar o filme cansativo. Com certeza vai fazer o público prender os olhos na tela e suar frio com os perigos que ele corre.

Toda a trama da família também funciona, as duas crianças são ótimas e a mãe, Sarah Sawyer (Neve Campbell) arrasa – ela não cai nos famosos estereótipos de mulher esperando ser salva, a personagem tem suas próprias habilidades e as usa para salvar os filhos.

Infelizmente, é só isso que o filme tem a entregar. O roteiro não impressiona e está recheado de perguntas sem respostas e diálogos clichês. Os outros personagens são inúteis e sem um papel a desempenhar; o único que se salva é Zhao (Ng Chin Han), que mostra camadas em sua personalidade. Com um pouco mais de esforço, toda a trama envolvendo a construção do arranha-céu e a máfia chinesa poderiam dar alguma profundidade, ao que parece ser uma desculpa para ver o The Rock escalando coisas.

Isso acaba deixando a trama enfadonha, sim as cenas no prédio são bem legais e é possível se divertir ali, mas é literalmente só isso. As histórias com potencial não são aproveitadas e nos entregam algo vazio.

Esse tipo de problema também esteve presente em outro filme do Dwayne, Rampage (2018), só que esse não se levava a sério; fazia piada com os próprios clichês e tinha um roteiro razoável, que explicava as falhas. Em Arranha-céu várias tramas são apresentadas ao público, nenhuma é aproveitada e ficamos um gosto amargo na boca.

A trilha sonora é bem esquecível e os efeitos especiais funcionam, mesmo parecendo bem artificiais. As piadas até que funcionam – tudo pode ser resolvido com silver tape mas não dominam o tom do filme.

Se você conseguir ignorar uma trama vazia, personagens sem motivação e diálogos mal construídos, talvez consiga se divertir aqui. Temos boas cenas de ação e ver o The Rock escalando prédios ainda é legal, infelizmente, o filme não consegue se segurar apenas com isso.

NOTA: 3/5

Arranha-Céu: Coragem Sem Limite já está em cartaz nos cinemas.