[CRÍTICA] Bohemian Rhapsody | Um belo tributo para a banda da realeza

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No dia 1º de novembro, chegará aos cinemas a cinebiografia Bohemian Rhapsody, um filme que tem por objetivo mostrar a trajetória de sucesso da banda Queen e os dilemas e problemas pessoais do vocalista Freddie Mercury, interpretado pelo ator Rami Malek, conhecido pelo papel de Elliot Alderson na série Mr. Robot.

O roteiro do longa trabalha a história de uma maneira mais positiva e leve, trazendo uma narrativa mais simples dos problemas que a banda e o próprio cantor enfrentaram, chegando em um final emocionante que vai arrancar lágrimas de muita gente.

Se você espera um filme inovador, com histórias originais sobre a banda e o próprio Mercury, esse não é o filme indicado para você, já que, como dito acima, o longa é uma recriação biográfica dos principais eventos, o que significa que ele procura se manter o mais fiel possível ao que realmente aconteceu.

Pelo fato do longa trabalhar com mais de 20 anos de história envolvendo a banda e o próprio cantor, fica difícil explorar os detalhes e nuances da história do grupo. Como resultado, a produção acaba tendo um roteiro um pouco corrido, que pula algumas etapas, principalmente os problemas e fracassos que a banda enfrentou, o que é um pouco incômodo, já que fica parecendo que o Queen não teve muita dificuldade para chegar ao estrelato.

O roteiro se preocupa em trabalhar os principais acontecimentos de maneira mais superficial e simples, buscando trazendo à memória os bons momentos da banda e do cantor que marcaram a história da música.

Em relação à história do extravagante Mercury, a produção trabalha a evolução do artista com o passar dos anos, fazendo com que o telespectador sinta as mudanças do artista causadas pela fama e as tragédias em sua vida, mostrando o quão difícil foi manter sua vida pessoal nos trilhos. Como protagonista, o personagem possui os momentos mais dramáticos e profundos. A trama também não poupou esforços em abordar temas polêmicos, como a sexualidade do cantor, que no fim, foi muito bem trabalhada. É muito divertido ver os trejeitos e a forte personalidade de Mercury sendo recriados com tanta maestria.

De início, é estranho ver o “Mr. Robot como Freddie Mercury, chega a ser engraçado em alguns momentos, mas com o decorrer do longa, Rami Malek dá um show de atuação, incorporando o personagem de maneira tão profunda que faz com que o telespectador realmente sinta que está acompanhando a vida e as atitudes do próprio Freddie Mercury.

Em relação aos demais integrantes da banda, Brian May (Gwilym Lee), John Deacon (Joseph Mazzello) e Roger Taylor (Ben Hardy) são partes fundamentais da história. O telespectador pode perceber o respeito que o vocalista tinha com sua banda, gerando um sentimento de família entre eles. Mas tudo isso é explorado de maneira simples, com atuações competentes e que cumprem seu papel na trama.

Outro ponto positivo é a caracterização dos personagens, que está sensacional. Todo o filme foi adaptado com maestria dos anos 70 e 80. Inclusive, o filme se preocupa em trazer figurinos que o próprio Freddie usou em seus shows reais e roupas que capturam o quão extravagante o cantor era.

Em meio à crescente onda de musicais, Bohemian Rhapsody se destaca como um musical diferente, que aposta nas pessoas que estão por trás da música e que fizeram delas um sucesso. Todos sabemos que, por mais que as celebridades vivam como verdadeiros reis, eles ainda são seres humanos e possuem fraquezas iguais ao resto do mundo e o longa explora exatamente isso, a força e a fragilidade de Freddie Mercury.

Bohemian Rhapsody é um ótimo filme que deve ser visto por todos, fãs do rock ou não. Com certeza, após a sessão, você ficará cantarolando as incríveis músicas da banda por um bom tempo.