Muita gente torceu o nariz para o anúncio de DC Liga dos Superpets. Enquanto a DC vivia um momento conturbado nos cinemas, com trocas administrativas, fusões corporativas, polêmicas e e produções rejeitadas pelo grande público e crítica, parecia até aleatoriedade da Warner anunciar um filme sobre os bichos de estimação dos heróis da Liga da Justiça, quando sequer sabíamos o futuro do Superman no DCEU, situação que perdura até hoje.
Mesmo com essa resistência inicial, a animação chega aos cinemas de forma totalmente despretensiosa e lembrando ao público o verdadeiro objetivo de um filme de super-heróis: divertir. A animação é feita totalmente com esse propósito, sem histórias mirabolantes, alusões filosóficas ou questões pragmáticas sobre o mundo adaptado para a ficção. É um desenho animado para te fazer rir e se emocionar.
No longa, Krypto (The Rock) é o cachorro mimado e superpoderoso do Superman (John Krasinski). Quando seu dono é atacado e raptado, Krypto precisa se unir a um grupo desajeitado de animais de abrigo liderado por Ace (Kevin Hart), a fim de salvar seu dono e também aprender umas lições sobre amizade, humildade e egoísmo.
Divertido até dizer chega, o filme tem piadas bem colocadas, inúmeras referências sobre a cultura pop e até tiradas geniais com a Marvel, mostrando como o departamento criativo da Warner pode abraçar o universo da DC para criar todo tipo de bagunça e se aproveitar disso para entregar entretenimento de qualidade, bem como fez com LEGO Batman: O Filme.
Embora peque em alguns momentos como no ritmo, que às vezes incomoda, ou diálogos mal colocados e uma leve – mas bem leve mesmo – sensação de incômodo quando isso ocorre, isso não interfere em praticamente nada quando se considera tudo num aspecto geral do conjunto.
DC Liga dos Superpets não tem obrigação de ser estrondoso ou grandioso. É basicamente aquele filme que não prometeu nada, mas acabou entregando tudo.