[CRÍTICA] IT: Capítulo 2 | Um fim satisfatório para a história!

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IT é, sem dúvidas, uma das mais marcantes obras de Stephen King. O mestre do terror já nos agraciou com obras clássicas como Cemitério Maldito, O Nevoeiro e O Iluminado, mas a história de terror protagonizada por palhaço assassino na cidadezinha de Derry, no Maine, é a que tem feito o público voltar a sentir calafrios nos cinemas.

A primeira parte da história, IT: A Coisa, lançada em 2017, foi um tremendo sucesso, chegando a alcançar a marca de filme de terror com maior bilheteria da história – e terminou atiçando a curiosidade do público para o que viria na sequência.

Não contentes em ter que esperar dois anos para ver o desfecho da história, muitos que ainda não sabiam o que aconteceria depois da separação do Clube dos Otários, recorreram ao livro (que serviu de base para o novo filme) ou até mesmo ao telefilme de 1990, “IT – Uma Obra-Prima do Medo” (que é extremamente sofrível), mas dá uma ideia de como as coisas se desenrolariam.

Agora, a sequência do longa dirigido por Andy Muschietti está prestes a chegar aos cinemas, com isso, podemos falar um pouco do que pudemos ver.

Em IT: Capitúlo 2, temos uma trama que se passa 27 anos depois dos eventos do primeiro filme –  e a coisa começa a ficar perigosa em Derry novamente. Separados, os membros do Clube dos Otários cresceram e seguiram com suas vidas pelo país a fora, mas depois de tanto tempo, precisam atender ao chamado de Mike Hanlon (Isaiah Mustafa), já que fizeram uma promessa de retornar à Derry caso a Coisa voltasse a atacar.

Mike é o único do grupo que permaneceu na cidade, portanto, é o que se torna mais experiente em relação a como derrotar Pennywise de uma vez por todas, mas não é capaz de fazê-lo sozinho.

O filme é claramente uma grande produção de horror, sendo o mais longo do gênero, contando com quase três horas de duração. Felizmente, a narrativa é tão agradável e suave que prende o espectador, fazendo com que não se perceba todo esse tempo passando. Isso ocorre graças à tensão estabelecida pelas cenas com o palhaço assassino, que estão bem mais explícitas do que as dos primeiro filme, além das belíssimas transições feitas entre o elenco adulto e o mirim (que retornam aos papéis interpretados no primeiro longa). Temos também as revelações do passado e futuro dos protagonistas, que fazem com que se pareça um filme totalmente diferente do primeiro, mesmo que as conexões entre os dois seja reforçada a todo momento.

Por falar no elenco, as duas versões do grupo principal se complementam de forma impecável. As personalidades são transferidas das crianças para suas contra-partes adultas de maneira exata, sem falar que boa parte deles se assemelham muito uns com os outros, principalmente Ben Hanscom (Jay Ryan), Eddie Kaspbrak (James Ransone) e Richie Tozier (Bill Hader), que interpretam, as versões adultas dos atores Jeremy Ray Taylor, Jack Dylan Grazer e Finn Wolfhard, respectivamente.

O grande destaque fica por conta dos momentos em que os personagens Eddie e Richie contracenam, que são simplesmente hilários e reforçam o quanto Hader rouba a cena.

A forma que a direção de Andy Muschietti encontrou para revisitar o passado e introduzir os “novos” heróis traz um misto de nostalgia e empatia, que torna a experiência aconchegante, como se fôssemos velhos amigos de infância de todos os Otários.

O mais interessante em IT: Capítulo Dois, é que ele consegue mesclar bem tudo a que foi proposto. Sendo um bom filme de terror, uma ótima aventura com cenas de ação bem trabalhadas e ter um elenco que possui uma química excelente. Temos aqui um longa que exala a bela mensagem de amizades e amores que, apesar de muito distantes, ainda podem ser intensos, poderosos, capazes de atingir grandes conquistas e combater até mesmo o maior mal que possa existir.

Finalmente, parece que Bill Denbrough (James McAvoy) e Stephen King conseguiram encerrar essa história de forma decente.

IT: Capítulo 2 chega aos cinemas brasileiros em 5 de setembro.