[CRÍTICA] Loki – 2ª Temporada | A Marvel ainda sabe fazer coisa boa

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Após Vingadores: Ultimato, é notório que o MCU sofre de diversos problemas, desde fadiga à queda na qualidade das produções. Isso se dá, creio eu, por uma série de decisões ruins dos chefões da Disney, que chegam inclusive a ser superiores a Kevin Feige. Por sorte, no meio de todo esse caos, temos a série do Loki.

Desde a primeira temporada da série, a produção da Marvel Studios é muito elogiada entre o público, com muitos a considerando a melhor série do MCU, e inclusive uma das melhores do universo de quadrinhos.

Agora, com a finalização do segundo ano de Loki, posso dizer que sim, a série é de fato a melhor produção da Marvel para o Disney+e uma das melhores produções que adaptam personagens de quadrinhos. Para argumentar isso, falo mais a seguir.

Loki é a conexão que o Multiverso precisava

Loki tem a conexão que a Saga do Multiverso precisava

Um dos principais problemas da Saga do Multiverso, que é a grande nova história do MCU pós Thanos, é a sua falta de conexões e continuidade. Graças a isso, até hoje estamos esperando pelas respostas de diversas perguntas que foram deixadas há 3 ou 4 anos. Com Loki, ao menos uma dessas perguntas, a principal delas na verdade, é respondida.

Graças a produção, o público tem uma espécie de norte para seguir na Saga do Multiverso, onde os Kangs, que Jonathan Majors, pelo menos por enquanto, interpreta muito bem, estão começando sua rebelião para dominar todas as linhas temporais.

Na série, as explicações que levarão a grande batalha contra Kang são feitas de forma fácil e, ouso dizer, bem descontraída. Isso se dá não somente graças ao deus da trapaça, mais uma vez vivido de forma icônica por Tom Hiddleston, como pelos demais personagens da produção.

A cobra comendo o próprio rabo e a chata

Ouroboros é a melhor adição da segunda temporada de Loki

Falando em personagens, não posso deixar de falar de Ouroboros, ou O.B., que mais uma vez mostra o retorno triunfal de Ke Huy Quan à Hollywood. O personagem é uma excelente adição ao universo da série e para a TVA, tudo isso graças ao roteiro bem escrito e ao gigantesco carisma do ator, que mais uam vez mostra o porquê de ter recebido um Oscar.

Sylvie é o único problema em Loki

Infelizmente, o mesmo não pode ser dito pra Sylvie, que enquanto na primeira temporada possuia um papel mais relevante e interessante, aqui foi reduzida a “voz da razão” só que na verdade é chata. Em quase todas suas aparições com mais relevância, a personagem não possui quase nenhum desenvolvimento com relação ao que vimos anteriormente, e depois, ela é ofuscada em prol da trama principal.

Não vou mentir, não é algo de fato ruim, só que, para quem aguardava algo mais importante para a personagem, visto que ela é a responsável pela morte do Aquele que Permanece, pode se decepcionar.

Roteiro amarradinho para um fechamento incrível

Sem sombra de dúvidas, mesmo com o sacríficio de alguns personagens, Loki se destaca imensamente graças ao seu roteiro. Toda a jornada do deus da trapaça, Mobius, B-15 e os demais tem um propósito, e ele é claro e direto, sem enrolações ou sub-tramas desnecessárias.

Além disso, como disse antes, a produção parece ser o carro chefe da Saga do Multiverso, e se ela tivesse sido vendida dessa forma desde o início, ou quem sabe tivesse sido lançada antes, não teríamos essa enorme bagunça que está as fases 4 e 5 do MCU.

Graças à essas questões, a produção se encerra de maneira magistral, não somente fechando todos os arcos apresentados, como dando uma redenção digna para Loki, que para mim, é a mais incrível do Universo Marvel.

Em resumo, Loki nada mais é que a prova que a Marvel Studios ainda consegue entregar grandes histórias e grandes personagens. Para isso, é necessário ter um foco, e parace que eles mesmos sabem disso, pois o selo Marvel Spotlight vem aí para tentar arrumar um pouco essa bagunça pós Ultimato.