[CRÍTICA] O Predador | É legal e… só

O Predador é o novo filme da franquia Predador, que além dos filmes solo, conta com os crossovers com Alien (Alien vs Predador 1 e 2).

Aqui, retornamos ao ambiente familiar do primeiro filme: uma equipe de soldados em uma missão de resgate e, no meio dessa bagunça, precisam derrotar o caçador mais temível da galáxia.

Com Shane Black (Homem de Ferro 3) na direção, o filme tem ótimas cenas de ação e sequências de tirar o folêgo; as melhores ficam na última parte do longa e vão te fazer segurar na cadeira – principalmente quando o monstro aparece. Tirando isso, a direção é padronizada e sem grandes inovações.

O roteiro flerta com o terror, mas prefere ficar em um terreno cheio de piadas com humor negro e violência gratuíta. Ou seja, se você quer assistir algo para dar susto, vai se decepcionar – igual aconteceu com Alien: Covenant. É um sci-fi bem humorado (as vezes) e não tem nada além disso para entregar.

Os diálogos também ficam na zona de conforto e você não vai lembrar de muita coisa depois. É possível dizer o mesmo sobre a trilha sonora e a ambientação do filme; mas os efeitos especiais estão ótimos. Não vi a necessidade de IMAX – tirando algumas cenas soltas, é possível viver sem ele.

Uma das coisas que também me incomodou foi a falta de violência; Nós temos algumas mortes ali e algumas vísceras saindo, mas nada muito impressionante – claro, isso depende muito da sua expectativa com o filme.

É gasto tempo demais estabelecendo os protagonistas humanos e esquecendo do próprio Predador; não que os humanos não tenham seu carisma, mas nós queremos ver o monstro – e quando nos contam suas motivações na Terra, é tudo extremamente corrido. É nesse momento que o filme esquece do alien e se torna a história do incrível soldado americano.

Isso não é de todo ruim, já que o elenco de apoio desse incrível soldado é muito bom e tem um timing bem legal para as piadas – que se espalham em meio à violência (me lembrou muito o humor usado em Mercenários).

Casey Bracket (Olivia Munn) e Williams (Trevante Rhodes), são os personagens melhor trabalhados, com um background interessante e fazem real diferença na história. Sterling K. Brown entrega um antagonista competente, mesmo competindo a vilania com algo de outro mundo.

O protagonista Quinn McKenna (Boyd Holbrook), faz o soldado americano genérico – mas faz bem; No fim, a estrela do filme é Jacob Tramblay, que interpreta o filho de Quinn. Você simpatiza com a criança e torce por ela até o final.

Juntando tudo isso, O Predador é um filme legal. Dá para juntar com a galera e assistir em uma tarde tranquila – bem Sessão da Tarde. Tem muito potencial e você sente que poderia ser melhor, mas vai te divertir.