[CRÍTICA] Ruined King | League of Legends não é só um MOBA e isso é ótimo

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Em 2019, durante a comemoração dos 10 anos de League of Legends, a Riot Games revelou parte de seus planos de expansão da franquia, que incluíam não só o jogo de estratégia Teamfight Tactics e o jogo de cartas Legends of Runeterra, como também uma versão mobile do LoL, uma série animada, um jogo de luta, um MMORPG e até mesmo uma nova divisão de jogos indie, a Riot Forge, que ficaria responsável por criar produções single player inspiradas no universo do League, o que expandiria a franquia para novos horizontes.

Os primeiros projetos anunciados dessa nova divisão indie foram Ruined King e Conv/rgence. O primeiro projeto em questão chamou bastante a atenção dos fãs, por se tratar de uma aventura estrelada pelo Rei Destruído, uma das figuras mais icônicas e misteriosas do League of Legends.

Em 2021, o ponto central da temporada no LoL seria a chegada de Viego, o Rei Destruído em pessoa, que culminaria em um longo evento pautado por uma narrativa própria e que envolveria todos os jogos da Riot. Ruined King, o RPG por turnos da Riot Forge, deveria servir como prelúdio para esse megaevento no LoL, mas infelizmente, ele não chegou a tempo e acabou deixando a história do evento um tanto quanto incompleta e menos impactante do que deveria ter sido.

Esta semana, a Riot Forge realizou um evento para apresentar novidades sobre seus projetos e pegando todos de surpresa, anunciou o lançamento de Ruined King.

A história

Ruined King é centrado na região de Águas de Sentina, uma ilha bem importante no universo de League of Legends, onde vivem personagens como Sarah Fortune (Miss Fortune, para os íntimos), Pyke, Graves, Fizz e tantos outros.

Na trama, acompanhamos a jornada de MF para se tornar a Rainha dos Piratas, depois de ter assassinado Gankplank como uma vingança pelo que ele havia feito com ela e sua mãe no passado. Infelizmente, os planos dela são interrompidos pela crescente ameaça da Névoa Negra, uma energia maligna vinda das Ilhas das Sombras, que carrega espíritos vingativos e demônios perigosíssimos.

É nesse ínterim que Sarah precisa unir forças com Braum, Illaoi, Pyke, Yasuo e Ahri para investigar o que está acontecendo e tentar deter o ataque de Viego e seus aliados.

Contando com diálogos bem escritos e que aprofundam os personagens, a trama serve muito bem para desenvolver a ameaça do Rei Destruído e explicar os eventos que o transformaram nesse monstro.

Jogabilidade

Adotando um câmera em visão isométrica, você deve explorar os cantos sujos e obscuros de Águas de Sentina, enquanto reúne sua equipe e tenta encontrar respostas para o que está acontecendo.

Desenvolvido pela Airship Syndicate, o título tem fortes inspirações de Battle Chasers: Nightwar, outro título do estúdio. Os combates por turno são bem dinâmicos e conseguem realçar bem as habilidades únicas de cada personagem.

Um ponto interessante dos combates são as rotas, que adicionam uma camada extra de estratégia, onde os jogadores devem escolher entre um ataque mais rápido, balanceado ou mais poderoso, o que determina sua posição na fila de ataque e que pode ser decisivo para sua vitória.

O mapa pode ser explorado com divertidos minigames, que tornam tudo muito mais interessante e engajador.

Vale o investimento?

Embora os RPGs por turnos possam não ser uma experiência agradável para todos, principalmente por conta do começo mais lento, é incrível ver a Riot expandindo seu portfólio de jogos e, melhor ainda, expandindo o universo de League of Legends.

Contando com personagens carismáticos, gráficos polidos e um divertido sistema de jogabilidade, Ruined King é um ótimo pontapé inicial nessa expansão da Riot. Só uma pena que ele não tenha sido lançado no tempo esperado, o que certamente teria deixado o evento em League of Legends mais grandioso.

*Agradecemos à Riot Games por ter nos fornecido uma cópia do jogo para teste no PlayStation.