Kingsman: O Círculo Dourado | Crítica

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É difícil conter a ansiedade para a continuação de um filme que foi tão bem-sucedido em sua primeira parte, e esse é claramente o caso de Kingsman, que desde o primeiro filme já demonstrava sua identidade e carisma, e isso tudo é elevado à máxima potência no segundo filme.

Matthew Vaughn já provou sua competência diversas vezes , mas dessa vez foi diferente, era nítida a liberdade e a confiança do estúdio em seu trabalho. Digamos que “O Círculo Dourado” ´muito mais ambicioso de que seu antecessor, e isso é ótimo! O Elenco mais uma vez se demonstra confortável em seus papéis, mesmo em meio à loucura que eles exigem. Taron Egerton continua tão carismático quanto antes, mas desta vez ele não é mais o aprendiz que fica à sombra de seu mentor, o protagonismo visto no final do primeiro filme ganha proporções ainda maiores, o que torna o ator ainda mais brilhante.

Julianne Moore está incrível como sempre, a delicadeza e sutileza da atriz combinam perfeitamente com o papel da vilã Poppy, que por trás de tudo isso esconde uma perversidade ainda maior do que a mostrada por Samuel L. Jackson no filme anterior. O que garante cenas memoráveis e divertidíssimas.

A grande sacada de O Círculo Dourado é ser uma versão melhorada do primeiro filme sem se tornar “mais do mesmo”, o filme consegue ser inovador mesmo buscando conceitos do primeiro filme e dando continuidade à arcos anteriores, como por exemplo o romance de Eggsy (Egerton) com a Princesa Tilde (Hanna Alström), ou o retorno de Harry Hart (Collin Firth) de sua suposta morte.

A identidade do filme está mais presente do que nunca, a comédia adulta e “safada” está ainda mais presente e a aguardada cena em plano sequência está lá e mais primorosa do que antes, Vaughn abusa de uma cena cheia de ação para se gabar de seus dote como diretor, usando câmeras que giram 360º, e não perdem um movimento sequer dos atores, sem contar que o roteiro é bem amarrado ao ponto de desenvolver um plot twist e o motivo dele em apenas uma cena.

Se você gostou do primeiro filme irá amar o segundo, não perca a chance de se divertir com esse jogo de espiões maluco que ainda conta com a ilustríssima participação de Sir Elton John, que não é uma mera aparição, e sim, um personagem completo.