Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar | Crítica

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O novo filme da franquia Piratas do Caribe,  “A Vingança de Salazar”, conta a história do jovem Henry (Brenton Thwaites), filho de Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swann (Keira Knightley), que deseja quebrar a maldição do pai, aprisionado no navio Holandês Voador por conta de uma maldição. Para isso, precisa encontrar o tridente de Poseidon, que quebrará todas as maldições do mar e claro que ele não irá fazer isso sozinho, pois Jack Sparrow (Johnny Depp) está de volta para ajudar e há uma nova companhia, a astrônoma Carina Smyth (Kaya Scodelario), tida como bruxa por ser muito inteligente e conseguir interpretar as estrelas. Além disso, Salazar, um inimigo de Jack voltou dos mortos e quer vingança.

O filme possui o mesmo formato dos anteriores, porém com sérios problemas no roteiro. Se essa continuação fosse algo completamente separado dos outros da franquia, talvez funcionasse um pouco melhor, mas muitas coisas ficam sem explicação, algumas parecem que foram apenas jogadas e alguns conflitos foram resolvidos de uma maneira muito fácil, parecendo até mesmo uma solução preguiçosa. Outro problema também é a atuação de Johnny Depp, que acabou transformando o pirata Jack em um personagem de humor pastelão, que em alguns momentos consegue arrancar risadas do público, mas nada além disso, perdendo um pouco daquele Jack criativo e surpreendente que conhecemos no primeiro filme.

Falando em atuação, Javier Bardem mais uma vez consegue entregar um ótimo antagonista, o vingativo Capitão Armando Salazar, mesmo que a franquia já esteja saturada de capitães amaldiçoados, Bardem faz um trabalho impecável valorizando bem a personagem. A atriz Kaya Scodelario tem uma boa atuação junto com Brenton Thwaites, substituindo o casal formado por Orlando Bloom e Keira Knightley nos filmes anteriores.

Infelizmente a tentativa de trazer os personagens mais queridos da franquia de volta não deu muito certo, mostrando que a franquia já está saturada e chegou em um ponto onde outras continuações não se fazem mais necessárias. Apesar do belo visual e efeitos especiais deslumbrantes, tudo não passa de uma tentativa de espremer ainda mais o sucesso que a franquia obteve no passado.