“Ela vai segurar a respiração até ganhar um unicórnio!”

Meu Malvado Favorito é um filme para todos os públicos,  desde crianças pequenas até adultos que não estão acostumados a assistir animações, graças aos personagens cativantes com humor ácido sob a direção de Chris Renaud e Pierre Coffin, garantindo com certeza uma fascinante aventura do início ao fim, principalmente após a abertura sensacional apresentando o protagonista Gru, sob a música tema do filme ao som de Pharrell Williams com a trilha “Bad Day”, simbolizando a premissa do filme.

O tempo todo o filme traz referências a cultura pop de forma cômica, especialmente no visual, na ambientação e nos hilários musicais com ritmo inspirados nos anos 70. O protagonista com um sotaque russo interpretado pelo genial Steve Carell, é um supervilão no seu auge, ao estilo James Bond, porem ao ser superado por um recém-chegado aspirante a supervilao, interpretado por Jason Segel, a vida de Gru vira do avesso. Como parte do plano do veterano, ele adota três meninas órfãs para igualar o placar, mas nem tudo sai conforme o panejado. Assim inicia um universo animado cativante e inovador, mostrando o outro lado da história, o cotidiano dos vilões.

Carrel e Segel são extremamente divertidos em tudo o que fazem. Os Minions dispensam comentários. Eles até ganharam um filme focado exclusivamente na vida deles devido ao sucesso que os baixinhos amarelos tiveram com o público. Um dos pontos negativos do filme é que parece mais um monte de sketches cômicos juntos. Mas isso não é ruim, pois passa uma sensação de alivio ao expectador, simplesmente um ótimo remédio para relaxar após a correria do dia a dia. É bom assistir ao filme apenas por ser divertido, com um humor genuíno, passando a sensação dos animadores terem se divertido bastante na produção.

A Sequência

Meu Malvado Favorito contou uma história engraçada, doce e autônoma sobre um cara chamado Gru que renuncia a vilania e abraça a paternidade, fechando esse arco com chave de ouro e arrecadando cerca de US $ 543 milhões de dólares bilheteria. Mantendo a direção da dupla Chris Renaud and Pierre Coffin, Meu Malvado Favorito 2 traz novamente o comediante Steve Carell para interpretar Gru, o ex-gênio do crime que passou para o lado da bom da força no desfecho do filme anterior. Ele é recrutado pela Liga dos Anti-Vilões, liderada por um inglês corpulento chamado Ramsbottom, interpretado por Steve Coogan, mas que se assemelha a um James Fox muito reprimido.

Enquanto o primeiro trata da mudança interna de gru, criando fortes laços com as meninas e encontrando a felicidade, o segundo mostra que mesmo estando feliz a mudança não combinou muito com a vida do ex-vilão. Antes de conhecer a agente Lucy, Gru estava vivendo uma vida monótona e entediante. Agora aposentado, o único ato desprezível que ele está perpetrando na sociedade é uma série de degustações horríveis de geleias. Isso leva seu colega Dr. Nefario interpretado pelo comediante inglês Russell Brand a renunciar e assumir uma posição com um novo vilão.

Não surpreendentemente, que Wiig e Carell atuam bem um com outro, mesmo em forma animada, e a personagem energética, estranha de Kristen Wiig é uma adição bem-vinda à série. Seu desempenho realmente complementa o de Carell, e Lucy é um contrapeso divertido e desagradável para o Gru.

As pequenas criaturas amarelas e com macacão azul tornam-se pontos vitais da trama desta vez, passando por uma metamorfose ao estilo Gremlins para o lado sombrio da força, uma cortesia de nosso vilão misterioso.

De um modo, essa aposta, em sua maioria, é compensa com uma sequência agradável, mesmo que menos sincera do que original de 2010. Isso não significa que não é divertido. Dadas as mudanças emocionais de Gru no último filme, a sequência atua como uma paródia de espionagem, o que dá à franquia uma nova ambientação, adicionando camadas a esse universo iniciado pela Universal Studios. Da mesma forma, a jornada de Gru aqui é menos sobre ele aprendendo a ser pai e mais sobre ele aprendendo a interagir com as mulheres. Por sua natureza, esta história não vai puxar as cordas do coração tanto, mas certamente aumenta o teor de comédia.

O Spinoff Merecido

Os Minions após provarem não serem como um raio, e acertar duas vezes o coração do público. Ganhando a chance de estrelar seu próprio longa metragem, os personagens de apoio da franquia filme de Meu Malvado Favorito e os ajudantes hilários amarelos aos poucos foram roubaram o show, tendo seu papel se expandindo na sequência do título principal extremamente bem-sucedida. E com a popularidade do Minions continuando a crescer, eles receberam seu próprio um spin-off que atua como prequel e história de origem.

Então, o filme nos leva de volta ao início dos tempos, quando os Minions se desenvolveram de minúsculos organismos unicelulares em minicultores diminutos, amantes de banana, sem sentido, cujo único objetivo é servir o mestre mais desprezível que possam encontrar.

Via Geoffrey Rush e um monte de divertidas gargalhadas visuais, testemunhamos que eles evoluíram ao longo dos tempos, localizando e servindo vilões durante a era Jurássica, a Idade da Pedra, no Egito antigo e através da Idade das Trevas. Mas encontrar um chefe é fácil, é manter o chefe que é difícil, tanto assim, que, quando uma série de bandidos morrem em circunstâncias infelizes, eles recuam para a Antártica para experimentar uma existência livre de mestre.

Mas sem um vilão para servir, os Minions ficam sem rumo e deprimidos, inspirando um de seus, o alto e mandão Kevin para bolar um plano. Ele vai voltar para as terras de Novo Mundo com seus companheiros Stuart e do ansioso, otimista e meigo Bob em busca do maior e malvado vilão do planeta.

Essa é a premissa do filme, e provavelmente o ponto forte. Porque os Minions funcionam melhor quando deixados sozinhos por conta própria, são tão engraçados ou estranhos que chegam a ser adoráveis. Minions começa com muito potencial para superar a franquia titular, um filme hilário quando os personagens amarelos amantes de banana são deixados por si próprios para entreter o público, mesmo quando o foco muda para os personagens humanos, a animação troca de humor e investe em referências que apenas um adulto poderia entender.

Nessa quinta-feira, 29 de junho, chega aos cinemas brasileiros Meu Malvado Favorito 3, onde ira Gru encontrar seu irmão gêmeo Dru e o vilão Bratt (Trey Parker), uma criança criada nos anos 1980 que posteriormente vira um super vilão e não esquece das músicas e costumes da sua época de infância.