“Em qualquer guerra, a calmaria vem entre as tempestades. Haverão dias em que perderemos a fé, dias em que nossos aliados se voltarão contra nós, mas nunca chegará o dia em que deixaremos esse planeta e seu povo.”

Sam Witwicky e sua nova namorada, Carly, entram na briga quando os Decepticons renovam sua guerra contra os Autobots. Optimus Prime acredita que ressuscitar o antigo mentor Sentinel Prime, ex-líder dos Autobots, pode levar à vitória. Essa decisão tem consequências devastadoras e a guerra parece pender a favor dos Decepticons, causando um conflito épico em Chicago.

Este é o enredo para o terceiro filme, considerado por muitos o melhor da franquia comandada pelo diretor Michael Bay, expandindo ainda mais a mitologia dos robôs alienígenas da Hasbro, começando com um prólogo marcado apenas por um JFK digital para contar sobre a guerra que ocorreu em Cybertron e a verdadeira razão por trás da corrida espacial dos EUA e dos soviéticos na década de 1960.

Transformers: O Lado Oculto da Lua definitivamente tem uma trama mais elaborada do que qualquer um dos seus predecessores. Há destaques genuínos, e é o primeiro filme de Transformers onde você realmente tem algum senso de consequência física ou emocional para os eventos que acontecem. Principalmente pois o filme funciona por causa de suas cenas de ação extremamente explosivas e cheias de luz características do diretor.

As batalhas entre os robôs nunca foram tão vibrantes ou divertidas como nessa sequência, mas assistindo em retrospecto, foram facilmente superadas pela ação vista em a Era Da Extinção e O Último Cavaleiro. A ação destaca-se principalmente durante a última hora do filme em Chicago, como a sequência de salto de wingsuit e a destruição da cidade onde Sam, sua nova namorada Carly (Rosie Huntington-Whiteley) e o Epps (Tyrese Gibson) agora aposentado estão dentro um arranha-céu desmoronando, após o ataque de Soundwave.

As cenas de ação de Bay aqui são maiores, melhores e mais brutais do que as dos dois primeiros filmes, embora ainda seja difícil às vezes distinguir os robôs durante batalha. Dito isto, os Autobots têm personalidades muito mais distintas do que nos filmes anteriores. Os Decepticons são legitimamente assustadores com um design cru em comparação aos mocinhos.

Foi bom ver Sam ainda ter que se esforçar para provar seu valor, apesar de ter salvado a Terra duas vezes antes. A atriz Lauren Huntington-Whiteley, assim como o antigo interesse romântico do protagonista, só está no filme para humanizar as ações de Sam, sem ela a trama iria seguir da mesma forma.

Como eles fizeram duas vezes antes, Duhamel e Gibson são os militares do filme de ação em seus papéis subscritos e unidimensionais. Frances McDormand tenta trazer uma ponta de seriedade aos procedimentos como diretora nacional de inteligência Mearing. Falando de Turturro, ele mais uma vez reprisa o papel como ex-agente do FBI Simmons, embora ele não participe tanto no filme quanto ele estava no segundo, os momentos envolvendo o personagem ainda são um dos melhores momentos cômicos da franquia.

Os robôs continuam a sendo o verdadeiro motivo pelo qual as pessoas vão ver esses filmes, felizmente, eles são melhores aqui do que na última vez. Optimus Prime é finalmente retratado como os fãs da série animada lembravam, e suas batalhas aqui são as melhores que ele já teve na trilogia inicial. Megatron também está de volta, desfigurado pela batalha no Egito no final do segundo filme, A Vingança dos Derrotados.

Starscream, Shockwave e os Wreckers têm seus momentos. O maior papel dos Autobots aqui além do Optimus, é do estreante Sentinel Prime, interpretado por Leonard Nimoy, o Autobot descoberto pelos astronautas do Apollo 11 durante o início do filme é ótimo como o mentor de Optimus, trazendo algumas referências aos fãs de Star Trek.

Michael Bay se esforçou para se redimir do fiasco que foi o segundo filme da franquia. Claro, aqueles que detestam a série não estarão satisfeitos, não importa o que seja, mas isso implora a questão de por que eles se incomodaram em ver o terceiro filme ou os atuais, sem ao menos estarem com a mente aberta.

Sua última hora é o filme de guerra entre os humanos e robôs é o que a franquia Exterminador Do Futuro sempre prometeu, mas nunca foi entregue. Transformers: O Lado Oculto da Lua pode não ser um ótimo filme, mas é muito divertido.

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