“ Esse é fim do começo? Ou o começo do fim? ”. Para quem é fã da banda Black Sabbath ou apenas ficou por dentro dos lançamentos musicais de 2013 sabe que essa é uma letra de uma das 8 músicas que compõe o álbum “13” da banda, o “End of the Beggining”. Esse álbum nos trouxe diversos eventos, como a vinda da banda para o Brasil no mesmo ano e depois o anúncio da última turnê em 2016 (com uma vinda ao Brasil novamente) com o nome de “The End”. E sim, desde então, estavam de fato anunciando o encerramento da tão aclamada banda de Heavy Metal que completa esse ano 49 anos de estrada. Você não leu errado, quase 5 décadas de estrada. Foi uma banda que praticamente fundou o que conhecemos hoje como Heavy Metal ou então a famosa imagem dos “roqueiros malucos cabeludos que fazem bate cabeça”.
Como grande fã da banda pude acompanhar o show de 2016 ao vivo e apesar de ter adorado, preciso levantar alguns pontos, não apenas sobre o show, mas também sobre o documentário que acompanha essa última turnê e que será exibido hoje (28) nos cinemas, conheça “The end of the End”.
Obviamente, como falado acima, o documentário engloba o fim da banda e acompanha os últimos shows realizado em 4 de Fevereiro de 2017 em Bermingham, Reino Unido. Para aqueles que não sabem, é uma cidade muito importante para a banda, pois foi lá que começaram suas carreiras e fizeram seus primeiros shows em bares e pubs da região. O documentário busca basicamente questionar a decisão de encerrar a banda e sobre outras histórias e curiosidades sobre eles. Como esperado, o abuso de álcool e drogas do vocalista e frontman, Ozzy Osbourne é abordado e o diagnóstico de câncer linfático do guitarrista Tony Iommi. Ouvimos justificativas das letras das músicas criadas pelo baixista Geezer Butler e uma explicação sobre a ausência de Bill Ward, o baterista original da banda, que é algo no qual muitos fãs esperavam que fosse comentado.
Porém esse clima é quebrado ao voltar com cenas do show após ter dado a entender que estávamos no final, e só após essas cenas que sobem os créditos finais.
Entretanto, as cenas pós-créditos são materiais cruciais do documentário, mostrando perguntas importantíssimas sobre as carreiras de cada um, porém fariam mais sentido se fossem inseridas no começo ou na metade do filme.
Outra crítica fica por conta do show em si, pois foi estranho tanto no show quanto no documentário, a relação dos membros originais da banda com os convidados, Tommy Clufetos (baterista substituto do original Bill Ward) e Adam Wakeman (tecladista que já havia tocado com Ozzy em sua carreira solo). Eles mal conversam com esses membros e mal olham para eles. Não é segredo que a relação deles é 100% comercial e que estão ali apenas para substituir ou preencher uma vaga,mas são músicos respeitados no ramo do Metal. Tommy já tocou com grandes ícones como Ted Nugent, Alice Cooper e o próprio vocal do Black Sabbath, Ozzy Osbourne e Adam Wakeman, apesar de ser filho do aclamado Rick Wakeman, também já tocou com Ozzy, o que de certa forma pedia um prestígio maior.
Será que esse é realmente o fim ou não passou de uma famosa “jogada de marketing”? Talvez seja melhor acreditar na segunda opção.
Crítica escrita por: Daniel Rivers
O filme será exibido na rede UCI (consulte cinemas participantes), ingressos custam R$ 40 (inteira) e já podem ser adquiridos através do site http://www.ingresso.com.br/blacksabbat. E quem for cliente UNIQUE paga meia-entrada para o conteúdo alternativo nos cinemas UCI.
SERVIÇO:
Dia: 28 de Setembro 2017
Horário: 20h
Duração: 120 minutos
Classificação: 16 anos
Valor: R$ 40 (inteira)