Faltam poucas semanas para “Vingadores: Ultimato” chegar às salas de cinema do mundo todo. O filme promete ser a conclusão mais épica possível dos primeiros dez anos do Universo Cinematográfico da Marvel, como também uma despedida para alguns (ou todos) dos atores mais antigos da franquia. Quase nunca antes houve tanta expectativa e espera depositadas unicamente num só filme. É certo afirmar que a última vez que o cinema mundial vivenciou isso foi em “Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei”, lançado em 2003 e responsável por finalizar a trilogia mais cultuada e amada da história.
Então, poderia Vingadores: Ultimato ser o novo O Retorno do Rei? São contextos muito semelhantes: duas megassagas chegando ao fim e o hype dos fãs e público elevado à enésima potência. Porém, são duas obras com pesos cinematográficos bem diferentes. Muito dificilmente, alguma outra produção irá superar a Trilogia do Anel e toda sua qualidade e grandiosidade. São únicas. Basta lembrar de como o coração fica aquecido na cena da Batalha de Pelennor, ou como os olhos enchem quando Frodo e Gandalf vão embora da Terra-média.
Porém, o longa da Marvel pode seguir por um caminho parecido. É a culminação de um projeto que levou mais de uma década de planejamento, esforço e trabalho duro. A ansiedade mundial em torno do lançamento é gigantesca, e caso seja tão avassalador quanto promete, Ultimato poderá ser O Retorno do Rei dessa geração. A oportunidade para conseguirmos experimentar o que o público viveu em 2003.
Ultimato irá finalizar e engrandecer uma carga dramática de dez anos, intensificada ao máximo após Guerra Infinita. Priorizar as relações e motivações deverá ser um dos pontos principais, preparando o terreno para eventuais despedidas e mártires. São personagens aos quais o mundo se apegou, riu, chorou, vibrou e torceu por eles. Não será apenas mais um filme da fórmula Marvel, mas sim, o adeus e a permanência do legado, assim como em O Retorno do Rei.
Outro elemento que ambos partilham em comum são os memoráveis antagonistas. Thanos certamente integrará de vez o panteão dos grandes vilões do cinemas, se firmando uma ameaça tão perigosamente poderosa quanto Sauron foi na trilogia baseada na obra de Tolkien, mesmo só aparecendo na forma física em apenas em uma única cena.
Por fim, as chances de Ultimato brilhar em premiações como o Oscar são reais. Após uma maior abertura desse tipo de cerimônia para filmes do gênero, como “Logan” e “Pantera Negra”, uma produção que não é somente um crossover com mais de trinta personagens carregados de dores, culpas, motivações contra um vilão que também tem seu propósito, mas também o fechamento do arco planejado e executado por vários anos também tem chance de se destacar. Ganhar onze Oscars pode parecer impossível, mas um pouco de reconhecimento pelo trabalho e dedicação da Marvel será bem-vindo.
Por fim, a ansiedade continua a devorar os que esperam pelo filme dos Vingadores. E agora, a Marvel tem a oportunidade única de realizar um epopeico que traga sentimentos similares ao que o último filme da trilogia de Peter Jackson conseguiu levar ao coração da audiência, fazendo-a passar por uma montanha-russa de emoções do começo ao final.