A Cura | Crítica

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A Cura conta a história de Lockhart (Dane DeHaan), um jovem ambicioso que trabalha em uma empresa no ramo do mercado financeiro e que consegue um cargo mais alto logo após um dos melhores funcionários morrer por conta de um infarto. Os diretores da empresa estão prestes a fazer uma grande fusão que seria muito lucrativa, mas um dos diretores não está presente, impossibilitando o negócio. Com isso eles designam a Lockhart a tarefa de viajar até um tipo de SPA para ricos nos Alpes Suíços, onde esse diretor se encontra, e trazer ele de volta para que a fusão possa ser concluída.  O jovem parte para o local com o intuito de realizar a tarefa o mais rápido o possível, mas não é bem assim que as coisas acontecem.

Ao chegar lá ele ouve histórias de que o local antes pertencia à um Barão obcecado com uma linhagem pura e que com isso resolveu se casar com a própria irmã. Os moradores do local não gostaram nada da ideia e no dia do casamento deles, mataram sua esposa queimada. Sendo assim, até os dias atuais os moradores das redondezas não se dão bem com os que estão na colina, local onde se encontra o tal SPA.

É nesse local em que a trama irá se desenrolar, e além de Lockhart, outros personagens se destacam, como o médico e chefe do local, Dr. Volmer (Jason Isaacs), e a misteriosa Hannah (Mia Goth) que é a paciente mais jovem do local, muitos médicos altamente suspeitos e vários pacientes que estão completamente alheios do que acontece ali e parecem estar constantemente sedados.

O thriller psicológico entrega muito bem o que promete nos trailers, mas não é um filme que consegue assustar o público, simplesmente não há momentos assim, talvez alguns que causem aflição, mas não medo ou qualquer tipo de susto. O filme demora a se desenrolar, tudo parece demorar e muitas cenas são repetidas, o que ajuda a deixar tudo mais previsível e dificilmente algo surpreende o público, parece que nada acontece. Outra coisa que contribui muito para que o público perca o interesse é seu longo tempo de duração aliado à uma trama arrastada, bem maior que outros filmes dessa categoria, o que me fazia perguntar algumas vezes durante a exibição há quantos dias eu estava ali assistindo, e não foi de uma maneira positiva. O filme seria melhor se fosse mais “enxuto”.

Sobre a atuação não há muito o que dizer, a não ser que todos desempenham seu papel muito bem, os atores realmente incorporam os personagens e passam credibilidade das situações que eles vivem. Outra coisa à se elogiar é a fotografia, que é muito bem feita e que ajuda bastante a construir o clima da história.

Com um final “ok”, A Cura acaba sendo entediante em alguns momentos e nada assustador ou empolgante.

A Cura estreia hoje (16) nos cinemas de todo o Brasil.