[CRÍTICA] Pantera Negra | O Rei Leão dos adultos

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Após sua primeira aparição em Capitão América: Guerra Civil, T’Challa (Chadwick Boseman) está de volta com mais uma aventura do Pantera Negra, mas depois de muitos fãs ficarem extremamente satisfeitos com sua primeira aparição, será que o personagem possui carisma o suficiente para carregar um filme solo?

Descubra em nossa crítica SEM SPOILERS.

A resposta é simples, Sim! Mas a resposta vai além disso, já que o filme se foca somente no personagem principal, como também em toda a cultura que o cerca, seu povo e seu país, Wakanda. A beleza do país é deslumbrante, e algo totalmente novo nos filmes da Marvel, e esse novo é muito bem-vindo.

Wakanda está viva, é incrível como o filme apresenta a cidade desconhecida sem nenhum problema, explicando de maneiras inteligentes todos os costumes e origem que envolvem a rica cidade localizada na África.

A história do longa é simples, T’Challa se torna o novo rei de Wakanda e precisa fazer de tudo para atender e respeitar seu povo, até que um vilão, Erik Killmonger (Michael B. Jordan) chega para roubar o seu trono. Apesar da simplicidade, todos os elementos culturais, místicos e as ações do Pantera Negra é que tornam o filme tão interessante e inovador.

Os personagens são os pontos mais fortes do filme, não é só T’Challa que destaca, cada personagem tem a sua devida importância, não sendo apenas personagens que fazem aparições aleatórias. No elenco, contamos com grandes astros do cinema, como Forest Whitaker, interpretando Zuri, Lupita Nyong’o como Nakia, Angela Bassett como Ramonda, e a lista só aumenta. Todos eles são incríveis personagens no filme e nos entregam atuações totalmente excelentes.

Os grandes destaques ficam por conta de Killmonger (Michael B. Jordan), Shuri (Letitia Wright), a irmã mais nova de T’Chala, Okoye (Danai Gurira), e Nakia (Lupita Nyong’o), espiã a serviço de Wakanda e grande responsável por destruir os sonhos dos fãs dos X-Men, cada um acrescentando o devido peso para a trama e para o Universo Marvel no geral.

Okoye, líder das dora Milaje é simplesmente incrível em cena, tanto nas cenas de ação quanto ao cumprir seu papel como protetora da família real, já Shuri é a descolada adolescente prodígio, responsável por todas as invenções tecnológicas do reino que com certeza se equipara (ou até mesmo supera) a inteligência de Tony Stark.

Ultimamente, um dos pontos mais criticados no filmes da Marvel são os seus vilões, mas Killmonger mostrou que é sim um grande vilão e que merece ser respeitado. Michael B. Jordan atua muito bem como o personagem e realmente passa a sensação de grande ameaça para T’Challa e o povo de Wakanda, diferente de Ulysses Klaue (Andy Serkis) que está ali somente para fazer breves aparições e não ser a grande ameaça do filme (mas interpreta com maestria e fidelidade o personagem Garra Sônica).

A trilha sonora é outro ponto alto da trama, uma mistura de sons tribais com rap e hip hop reforçam a identidade do longa e criam a química perfeita entre som e imagem.

Como notado por alguns fãs nos trailers do filme, Pantera Negra cria algumas alusões à animação O Rei Leão da Disney, e isso fica mais evidente ainda quando assistimos o longa completo, seja pela atmosfera africana, trilha sonora, visuais ou ações dos personagens.

As críticas sociais e raciais do filme estão bem presentes, e são abordadas de forma realista e sincera, entretanto, o filme consegue falar sobre o assunto de forma natural e extremamente interativa, sem que pareça algo forçado ou artificial.

Pantera Negra é um belíssimo filme, com um elenco fantástico e que nos mostra algo totalmente novo para o UCM, nos fazendo desejar ver mais deste incrível mundo de Wakanda.

NOTA: 4,4/5

Pantera Negra Estreia em 15 de Fevereiro de 2018.