[ANÁLISE] Uncharted: Coleção Legado dos Ladrões | Mais um acerto do PlayStation no PC?

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A PlayStation Studios vem investindo cada vez mais na portabilidade de seus títulos exclusivos para PC.

Apesar disso ter causado conflito com alguns fãs da marca, por conta da perda na exclusividade para consoles em franquias como God of War, Days Gone, Marvel’s Spider-Man e até Horizon Zero Dawn, a boa aceitação por parte dos jogadores que não tiveram oportunidade de colocar as mãos nos jogos anteriormente pavimentou o caminho para que mais produções sejam lançadas além do PlayStation. É através desse pensamento que chegamos à Uncharted: Coleção Legado dos Ladrões, que depois de ter sido lançada no PS5, chega agora ao PC trazendo os jogos Uncharted 4: A Thief’s End e Uncharted: Lost Legacy.

O que é essa coletânea?

Contando com apenas dois jogos (sendo um deles um derivado do quarto título), a “pequena” coletânea traz o retorno de Nathan Drake em Uncharted 4: A Thief’s End, que depois de ter dado uma pausa em suas caças a tesouros, acaba se vendo obrigado a retornar ao negócio para ajudar seu irmão, que pensava ter morrido há muito tempo.

Já em Uncharted: Lost Legacy, controlamos Chloe Frazer e Nadine Ross, duas personagens conhecidas da franquia, que estão em busca de um perigoso artefato que pode colocar o mundo todo em perigo.

O grande problema aqui é que Chloe, apesar de ser bem conhecida pelos fãs, não é explorada o bastante no quarto jogo para que os novatos entendam sua real importância para a franquia, o que acaba criando o primeiro problema com essa coletânea.

No PC, a PlayStation Studios ainda não lançou versões dos três primeiros jogos da franquia, então por quê lançar logo o quarto título e sua “DLC”? Em termos narrativos, o jogador que tem seu primeiro contato com o universo de Uncharted pode acabar perdido, principalmente no jogo derivado que é protagonizado por uma personagem que foi vista pela última vez em Uncharted 2.

O mais intrigante é que a coletânea Uncharted: The Nathan Drake Collection, que contém os três primeiros títulos lançados para o PlayStation 3, foi transportada e otimizada para o PlayStation 4, podendo também ser jogada no PlayStation 5, o que faz com que esse compilado para o PC seja ainda mais confuso.

Mas o que é positivo?

Deixando essa leve “picuinha” com a questão narrativa de lado, a Coleção Legado dos Ladrões é decente e enche os olhos do jogador.

Por ser o mais recente lançamento da franquia, ainda que lá de 2016, A Thief’s End é um dos títulos que mais demonstram o poder narrativo e técnico da Naughty Dog. O jogo é fluído, trazendo uma jogabilidade leve e divertida, o que faz com que o controle de Nathan e suas habilidades de escaladas, saltos com arpéu e outros sejam um deleite.

E a performance técnica?

Assim como os demais ports para PC, Uncharted: Coleção Legado dos Ladrões chega com opções gráficas inéditas, incluindo a possibilidade de resolução 2K, ultrawide e qualidade ultra, dependendo do potencial da sua máquina.

A otimização da Sony se mostra eficaz mais uma vez, nos dando inclusive adaptações de controles para mouse e teclado, que permitem realizar as peripécias dos protagonistas sem grandes problemas.

Em meus testes, joguei a coletânea em um notebook Processador Intel Core i7-7700HQ de 2.80GHz 2.80 GHz, 16 GB de RAM e uma GPU NVidia GeForce GTX 1050 Ti. Mesmo ficando pouco abaixo do recomendado, consegui aproveitar bem o jogo e com gráficos bem polidos.

Vale à pena?

No quadro geral, a coletânea dupla é um ótimo trabalho de transporte dos jogos de console para PC e evidencia ainda mais a nova ambição da PlayStation, dando aos jogadores uma oportunidade de conhecer novas franquias as quais não possuíam acesso anteriormente, mesmo que de forma incompleta em termos narrativos.