[ANÁLISE] Gotham Knights | Assumindo o manto do Cavaleiro das Trevas

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Após o lançamento de Batman: Arkham Knight, muitos fãs do Cavaleiro das Trevas ficaram ansiosos por mais jogos do herói ambientado em uma densa e grandiosa Gotham City.

Em junho de 2020, tivemos o anúncio de Gotham Knights, novo jogo do universo Batman, mas diferentemente dos jogos da Rocksteady, é estrelado por Asa Noturna, Batgirl, Robin e Capuz Vermelho.

Será que o jogo consegue fazer jus à saga do morcegão e trazer uma jogabilidade e história que se equiparam à franquia Arkham?

História

Como anunciado em diversos trailers, o Batman está morto e Gotham está desprotegida, mas como sempre, Bruce Wayne está preparado para imprevistos e deixa uma mensagem a seus aliados e os encarrega de tomarem conta de Gotham. Agora, os heróis devem deixar suas diferenças de lado e se unirem para derrotar os vilões e criminosos que perturbam a cidade.

Embora os heróis já se conheçam e tenham sido treinados pelo mesmo mentor, há as diferenças em cada um deles, dando uma profundidade na história e explorando as motivações e inspirações em cada um.

Dick Grayson, o primeiro Robin, tenta assumir o manto de líder e unir a equipe da melhor forma possível. Bárbara Gordon serve como a bússola moral da equipe, usando não apenas o seu intelecto, mas também a sua experiência para preencher o time. Jason Todd já possui um estilo mais violento e só quer descer a pancada nos inimigos, sem querer obedecer às regras e fazer as coisas do seu jeito, como uma forma de mascarar os traumas que sofreu. Tim Drake, o último Robin apresentado, possui um jeito mais reservador e  aparenta ser o mais afetado com a morte do Batman, pois foi o último dos 4 integrantes a ter mais contato com o herói.

Uma coisa que já vinha sendo explorada desde os trailers é que essa não é uma sequência direta dos jogos Arkham. Apesar Bruce Wayne ter deixado o manto em sua saga solo, as similaridades narrativas acabam por aqui.

Além disso, apesar dos bandidos padrão espalhados pela cidade, o jogo também explora a organização criminosa Corte das Corujas. Nos quadrinhos, a Corte é uma fraternidade que remonta ao passado de Gotham, sendo responsável pelos principais acontecimentos da cidade e estando envolvida até mesmo na morte dos Wayne.

Jogabilidade

Gotham Knights foi apresentado como um título para se jogar com amigos e isso foi algo que preocupou muitos os fãs, que se lembraram do jogo dos Vingadores, um título que falhou em todos os seus aspectos.

No jogo da Batfamília, você pode jogar sozinho sem diminuir a diversão. É claro, quando você joga com um aliado é muito mais divertido, mas o jogo se mantém firme no modo single-player.

O título não possui cross-play, o que pode ser um problema para encontrar jogadores no modo cooperativo, principalmente no período de lançamento.

Como sabemos, o título permite que joguemos com qualquer um dos quatro heróis titulares, cada qual com suas habilidades especiais e particularidades:

  • Asa Noturna – Possui habilidades acrobáticas e pode derrotar os inimigos usando os seus bastões de esgrima;
  • Batgirl – Adota um estilo de combate mais tático e utiliza as suas tonfas durante o combate;
  • Robin – Possui habilidades mais furtivas e usa o bastão dobrável na luta contra os inimigos;
  • Capuz Vermelho – O herói tem um estilo de luta mais brutal e usa as suas pistolas durante o combate.

O jogo conta com um sistema de patrulha noturna, um elemento bem interessante que traz patrulhas com missões distintas, crimes para se resolver e objetivos a cumprir. À cada novo dia de patrulha, as missões são renovadas, oferecendo uma boa diversidade na jogabilidade. Caso você retorne à base sem ter concluído todos os objetivos, eles são perdidos e um novo dia se inicia.

Isso oferece uma certa pressão e responsabilidade para que você complete todos os objetivos sem deixar nada para trás.

Os controles parecem um pouco complicados de início, mas são fáceis de se aprender conforme o desenrolar do jogo e funcionam de maneira simples.

O estilo de luta é algo similar à franquia Arkham, mas há algumas diferenças como os esquemas de botões, o uso de equipamentos e habilidades, sendo tudo bem intuitivo.

Gráficos

Apesar de serem jogos exclusivos da nova geração de consoles, os gráficos não são o ponto forte aqui. Vale destacar que Batman Arkham Knight, que apesar de ter sido lançado há 7 anos, ainda possuí gráficos que são incríveis até hoje.

Gotham Knights não conta com gráficos super detalhistas e ambientes muito trabalhados, mas apresenta uma Gotham maior e mais explorável, sem abrir muito espaço para a diversificação dos ambientes.

Algo que me chamou atenção no jogo é que a cidade de Gotham aparenta ser mais “viva”, no sentido que há civis andando pelas ruas, carros passando em vários pontos da cidade e por aí vai, sendo algo bem diferente da Gotham vista nos jogos Arkham, que em sua grande maioria era povoada por criminosos. Isso traz uma sensação nova para os fãs.

O jogo não conta com opções gráficas como vemos em diversos jogos mais recentes, sendo travado em uma taxa de quadros de 30 FPS nos consoles, o que fica bem abaixo do esperado para um título da geração atual.

Considerações Finais

Gotham Knights é um jogo divertido, que apresenta uma boa história com personagens que amamos. É bom ver outros membros da Batfamília além do Batman ganhando destaque nos videogames e cativando novos fãs.

A experiência de jogar sozinho ou em co-op são ambas muito divertidas e as combinações de equipamentos e estilos de luta fornecem uma diversidade e variedade durante o jogo, o que aumenta ainda mais a sensação de frescor.

*Gostaríamos de agradecer à WB Games por terem nos concedido uma cópia do jogo no PS5 para esta análise.