[ANÁLISE] Dragon Ball Z: Kakarot | O saudosismo vale mais de 8 mil

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Na última sexta-feira (17), foi lançado Dragon Ball Z: Kakarot, desenvolvido pela CyberConnect2 e publicado pela Bandai Namco Entertainment, sendo um jogo de mundo semi-aberto, no estilo aventura e RPG em terceira pessoa, single-player, baseado na franquia Dragon Ball, criado pelo autor Akira Toriyama e que promete despertar o saudosismo dos fãs que acompanharam o anime durante anos, com batalhas frenéticas e cinemáticas de tirar o fôlego.

História

Este é o momento perfeito para pescar com a minha cauda!” – Goku

O jogo se inicia após o fim de Dragon Ball e jã engata na Saga Sayajin em que Goku agora é um adulto e tem um filho chamado Gohan com Chichi, filha do Rei Cutelo, a qual conheceu quando ainda era uma criança – e a partir disso, passa a viver grandes aventuras com seus amigos contra inimigos muito fortes.

Sendo uma representação do anime, o jogo se estende até a Saga Majin Boo, passando pelas Sagas Sayajin, Freeza, Androides e fazendo algumas pequenas adaptações na histórias para que o jogador possa aproveitar ao máximo. Ao longo da jornada, são apresentadas algumas curiosidades que não foram mostradas no anime e vemos um Goku mais comunicativo, mostrando mais o seu lado pai, que expõe suas opiniões em determinados contextos.

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Ambientação e gráficos

O jogo consegue recriar com perfeição os personagens e os ambientes originais do anime. Expandindo ainda mais o que já era conhecido pelo fãs, tendo a capacidade de se visitar e explorar locais marcantes do anime como a Casa do Kame, Namekusei, Planeta do Senhor Kaioh, entre outros. Tendo a presença até mesmo de dinossauros, que são encontrados ao explorar as regiões do mapa.

O único ponto um pouco mais fraco são as expressões faciais dos personagens que determinados diálogos não se encaixam no contexto da situação.

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Jogabilidade

Sendo uma nova inclusão do RPG na franquia dos jogos de Dragon Ball os desenvolvedores focaram tanto em uma representação fidedigna do anime e na parte de exploração geral do universo, em que você pode voar e correr bem rápido me lembrando as franquias antigas do PS2 como Dragon Ball: Sagas, Budokai e Budokai Tenkaichi.

Durante o jogo, você pode aumentar de level, enfrentando adversários avulsos(inclusive dinossauros) que aparecem de repente durante a exploração, coletar itens para auxiliar durante a batalha, comida e orbes que são usadas para liberar habilidades especiais. Os comandos de lutas são semelhantes ao jogo anterior, Dragon Ball Xenoverse, esquivar, atacar, atirar bola de energia, carregar o ki e ataques especiais.

O jogo possui um sistema de comunidades(treinamento, culinária, aventura…) e amizade, lideradas por algum personagem, que consiste em adquirir emblemas dos mais diversos personagens e associa-los em um submenu de acordo com os atributos de cada um, dessa maneira, há o aumento das habilidades de comunidade, que proporciona maior facilidade em diversos setores do jogo.

Apresenta minijogos como pesca, que ajuda a coletar comida, para cozinhar e adquirir mais XP para subir de level e beisebol em que o objetivo é jogar a bola o mais longe possível e quebrar recordes no ranking, ganhando presentes para aumentar o nível de amizade da comunidade.

Tem a possibilidade de também coletar as esferas do dragão com ajuda do radar que lhe serve como mapa, ao coletar as 7 esferas, você invoca Shenlong e tem as opções de pedir para receber mais Zeni(a moeda de compra do jogo), receber mais orbes ou até mesmo realizar novamente uma luta anterior na campanha que já tenha feito, para melhorar a nota que recebeu na luta. Possui missões secundárias, mas que ao final das contas se tornam bem repetíveis, mas úteis para conquistar mais emblemas.

Em relação ao nível de dificuldade das lutas, é algo bem desafiador, que te leva a frustração e sentir totalmente focado em derrotar o inimigo, muita dor nos dedos e talvez várias derrotas na tentativa de decorar o moveset do adversário. Porém, a jogabilidade das lutas é fraca, por conta da variedade de combos de combate e você só se encontra fazendo as mesmas coisas em todas as lutas, sem uma variedade de ataques com capacidade de combar, apesar de haver uma arvore de habilidades.

Apresenta uma Inteligencia Artificial totalmente desfavorável ao jogador, em lutas em grupo, enquanto os seus aliados não te ajudam em muita coisa, os adversários eles te focam 99%, no final das contas você acaba numa luta 1 contra 5, tentando desviar de vários golpes especiais ao mesmo tempo, se tornando uma tarefa bem complicada e frustrante.

O principal ponto negativo se encontra na exploração, sendo um jogo semi-aberto e RPG, obviamente você vai percorrer as regiões várias e várias vezes. Porém ao fazer isso, a cada mudança de cenário no jogo, você se encontra com uma tela de carregamento que dura entre 20-30 segundos, que é extremamente irritante, eu diria até mesmo para jogos de gerações passadas, tem tela de carregamento para quase tudo que você faça. Eu sei que o jogo é saudosista, mas isso passou do ponto.

Ainda vem acompanhado com uma enciclopédia no menu, com muito conteúdo adicional e curiosidades sobre os personagens e o universo vasto de Dragon ball para os fãs mais fanáticos.

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Trilha Sonora

Um dos pontos mais positivos são as cinemáticas do jogo e a trilha sonora, dando realmente a impressão que está revendo o anime, tendo uma introdução exatamente igual ao da serie. Assim como trilha sonora marcante de cada abertura do anime e de momentos de tensão e tranquilidade.

Ao final de cada Saga, temos uma prévia do capítulo seguinte, narrada pelo próprio Goku (Não há dublagem em português) e um título geral para cada, mostrando ao jogador o que o aguarda.

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Considerações finais

Dragon Ball Z: Kakarot apesar de repetir a mesma fórmula em quesitos de história, captura e traz de volta o que sentimos ao assistir essa série quando criança e faz isso com louvor, despertando o saudosismo à cada cena marcante, um verdadeiro presente ao fãs do anime!

Porém, apresenta alguns erros e sentimos falta de um modo partida local para se jogar com os amigos. Além disso, para aqueles que não acompanharam e não sentem uma ligação com a série, pode se tornar apenas uma experiência entediante, como se estivesse jogando qualquer outro jogo de Dragon Ball.

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