[ANÁLISE] Resident Evil: Sombras de Rose traz novas mecânicas para concluir a saga de Ethan Winters

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Depois de uma longa espera e muita especulação, a Capcom finalmente lançou a expansão Sombras de Rose para o aclamado Resident Evil: Village e, apesar de não ser bem o que os fãs estavam esperando, o material realmente expande a história do jogo com o intuito de concluir a saga dos Winters iniciada em Resident Evil 7.

Lançado sob o nome “Expansão de Winters”, o pacote inclui não apenas a nova história estrelada por Rose, como também o modo em terceira pessoa para o jogo base, e novidades no modo  Os Mercenários: Ordens Adicionais, onde três novos personagens se juntam ao combate, incluindo a gigantesca Lady Dimitrescu, que agora é jogável pela primeira vez.

A História da DLC

Rose, a filha que Ethan Winters passou toda a campanha de Village tentando resgatar e proteger, ressurge anos depois como visto na conclusão da campanha principal. Já crescida, a garota está em conflito com suas habilidades concedidas pelo mutamiceto, algo que herdou de seu pai (quem jogou Village sabe do que estou falando).

A jovem, que acabou se tornando uma arma biológica por acidente, tem dificuldades em interagir com as pessoas e ter uma vida normal por ser considerada uma aberração. Ao buscar respostas e uma forma de se livrar dessas habilidades, ela acaba descobrindo que precisa entrar nas memórias dos restos mortais dos moradores da Vila, que ainda armazenam rastros do mutamiceto.

Jogabilidade

Sombras de Rose é a primeira iteração oficial da franquia desde Resident Evil 7 a usar a câmera em terceira pessoa (sem contar o novo modo que acompanha o pacote de expansão), mas devemos notar que essa função funciona bem aqui como em todas as vezes em que a Capcom a usou anteriormente, além de enfatizar que isso não é apenas uma reskin da campanha estrelada por Ethan.

Rose é uma protagonista poderosa e precisa usar suas habilidades para localizar e desativar núcleos de mofo. À medida que você vai avançando na história, também desenvolve novas habilidades, que te permitem abrir novos caminhos e atacar os inimigos com mais facilidade. Logicamente, as armas de fogo estão presentes, assim como as mecânicas de produção de recurso, mas o destaque com certeza está nos poderes da personagem.

Otimização

Nossos testes foram feitos em um PC que atende as especificações mínimas do jogo e mesmo assim obtivemos um bom resultado, principalmente ao manter as configurações gráficas no médio.

No geral, a experiência foi muito satisfatória e não notamos nenhum sttuttering ou glitches extremos.

Considerações finais

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Revisitando cenários e personagens reaproveitados do jogo base, Sombras de Rose nos leva de volta à vila e às memórias de Ethan, dando a Resident Evil uma abordagem completamente nova e jamais vista na franquia.

Apesar de não ser aquilo que os fãs esperavam para o conteúdo adicional, a expansão serve como um estudo sobre a imaginação psicológica que se tornou uma forte influência na narrativa da franquia nos últimos dois jogos.

Mesmo sendo uma DLC, a história entrega uma duração decente e consegue explorar muitas conceitos que vão além de desenvolver a personalidade de Rose, criando uma experiência contínua de terror, principalmente quando voltamos à Casa Beneviento, que é o destaque novamente.

Vale dizer que os desenvolvedores não tiveram medo de arriscar na conclusão e também em trazer novidades na jogabilidade e na narrativa. Apesar não alcançar as expectativas de alguns fãs, ela com certeza não faz feio em seu objetivo de somar ao material original.

*Gostaríamos de agradecer à Capcom e TheoGames por terem nos cedido uma cópia da Gold Edition para esta análise.