[ANÁLISE] Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge | Uma gloriosa volta ao passado

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Na última sexta (16), a Dotemu, desenvolvedora conhecida pelo recente e aclamado Streets of Rage 4, lançou no mercado o aguardado Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge, jogo do estilo beat ‘em up baseado na icônica franquia As Tartarugas Mutantes Ninja, da Nickelodeon.

Seguindo o clássico e atraente estilo visual em Pixel Art 2D, o jogo é uma verdadeira volta ao passado e traz uma jogabilidade multiplayer divertidíssima. Veja mais detalhes em nossa análise sem spoilers.

História

Podendo escolher entre Leonardo, Donatello, Michelangelo, Raphael, April O’Neil e Mestre Splinter, Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge nos colaca em cruzada contra o Destruidor e o Clã do Pé, onde tentamos impedir que Krang construa um novo corpo para si.

Viajando em missões espalhadas pela cidade de Nova York e a Dimensão X, o jogo nos leva em uma aventura recheada de referências à franquia, enfrentando inimigos clássicos, com muita diversão, cor e loucura, do jeito que sempre conhecemos.

Jogabilidade

Os jogos do estilo beat ‘em up são um verdadeiro marco na indústria dos games, sendo considerados alguns dos reis dos arcades e fazendo sucesso até os dias de hoje.

Depois do recente Alex Kidd in Miracle World DX e do próprio Streets of Rage 4, ficou claro que esse tipo de jogo ainda tem muito espaço nos dias de hoje e, felizmente, Shredder’s Revenge é mais uma excelente prova disso.

Trazendo muita loucura para a tela, o jogo consegue destacar muito bem as habilidades individuais de cada tartaruga e não abre espaço para a monotonia.

Contando com uma ampla variedade de inimigos, o título nos entreteve muito durante suas 16 fases da campanha principal. Apesar de curto, chegamos à conclusão de que o jogo tem a duração ideal para desenvolver bem sua história e ser divertido o bastante para não cair na monotonia e repetição, um erro que muitos jogos ainda insistem em cometer.

O verdadeiro brilho de Shrreder’s Revenge vem com o modo multiplayer, onde o caos se instaura na tela e não conseguimos entender “quem é quem”, mas falo isso de um jeito positivo, já que além de deixar a experiência mais fácil, também deixa tudo muito mais divertido.

Gráficos e trilha sonora

Os gráficos em pixel art e em 2D ainda são extremamente atraentes, além de serem muito mais resistentes à “prova do tempo” do que os jogos em 3D.

O fator nostalgia também favorece bastante esses jogos, mas fica claro o trabalho que a Dotemu desempenhou em Shredder’s Revenge, trazendo uma alta qualidade para os cenários, personagens secundários e tudo o mais. No fim, temos um jogo muito colorido, rico e bem produzido.

Contando com uma trilha sonora composta por Tee Lopes, com contribuições do guitarrista Jonny Atma, do rapper Mega Ran, do cantor Mike Patton, e a dupla Ghostface Killah e Raekwon do grupo de hip-hop Wu-Tang Clan, o jogo nos submerge no mundo da franquia e realmente nos faz sentir como uma tartaruga adolescente que possui habilidades de um ninja.

Considerações finais

Apesar da campanha curta, Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge possui um altíssimo fator de rejogabilidade e é um ótimo jogo para reunir os amigos, garantindo momentos divertidíssimos e cheios de música animada, golpes mirabolantes e muita loucura. Além disso, o fato de termos um modo Arcade, torna tudo ainda mais desafiador e duradouro.

Mesmo contando com localização em português do Brasil para os menus e diálogos, uma dublagem certamente teria deixado esse jogo ainda mais primoroso e ainda mais atraente para os mais jovens.

O saldo final é que a indústria não deve parar de produzir jogos desse tipo e que o mercado deve apoiar projetos como este, já que são uma parte importante do legado dos games e que merecem ser imortalizados.

*Gostaríamos de agradecer à Agência Masamune por terem nos cedido uma cópia do jogo para esta análise.