[CRÍTICA] Patrulha do Destino – 3 ª Temporada | O absurdo é normal

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Filmes e séries com equipes de heróis viraram uma tendência, até heróis que não possuem equipe nas HQs quando vão pra TV acabam ganhando um time. Manter a qualidade e a consistência com o passar dos anos vai se tornando um desafio maior e maior; alguns optam por adicionar mais personagens, o que pode ser um tiro no pé se não souber desenvolvê-los da forma correta. Por sorte, Patrulha do Destino foca quase que totalmente em seus personagens principais, e nessa terceira temporada eles entregaram o que pode se considerar a melhor temporada até agora.

PERSONAGENS AINDA MAIS DESENVOLVIDOS

O trabalho que é feito nesses personagens é algo magnífico, pois os mesmos conflitos são abordados de forma mais aprofundada. A aceitação do Cyborg (Joivan Wade) e toda a questão de ele não ter escolhido ser um héroi; A responsabilidade paterna do Cliff (Brendan Fraser) e como ele tenta ser um pai melhor tendo “morrido” anos atrás; A insegurança do Larry (Matt Bomer) e como lidar com o fato da criatura que vive dentro dele simplesmente ir embora, como lidar com isso?; A desconfiança das personalidades da Crazy Jane (Diane Guerrero) e a vontade delas protegerem a “criança”, mas e quando essa criança não quiser mais ser protegida, o que acontece com as personalidades?; Rita Farr (April Bowlby) é a exceção quando se trata de tratar dos mesmos problemas, ela nessa temporada tem muito mais protagonismo e muitas reviravoltas.

O ABSURDO

Como já era de se esperar de Patrulha do Destino, a temporada é repleta de episódios, momentos e personagens absurdos. A essa altura, já se tornou marca registrada da série o fato de, a cada novo capítulo, coisas mais loucas acontecerem, como os protagonistas virarem zumbis. Esse é o tipo de coisa que você encontra em Patrulha do Destino. E quanto mais absurdo, melhor.

O VILÃO

Essa temporada segue a mesma base das anteriores, pequenas ameaças durante os episódios, com uma ameaça maior de fundo. Porém, a ameaça não fica muito bem definida logo de cara, com a introdução de uma personagem nova. Madame Rouge (Michelle Gomez) é uma viajante do tempo que não tem nenhuma memória de quem é. Ela só sabe que precisa encontrar a Irmandade do Dadá, mesmo sem saber quem eles são. Eles são desenhados como essa grande ameaça, mas nem tudo é o que parece.

PATRULHA DO DESTINO É A MELHOR SÉRIE DE HERÓIS DA ATUALIDADE

Apesar deles não serem heróis no sentido literal da palavra, a forma com que eles são trabalhados supera todas as séries que querem fazer algo parecido. Dá pra ver que essa série tem muito amor desde o momento em que o roteiro está sendo escrito até o momento em que a temporada estreia. Esse amor se reflete na qualidade da série, tendo personagens totalmente quebrados por dentro. E, mesmo com todos os defeitos, os amamos. 

Patrulha do Destino é uma série muito especial, com esse nível de qualidade de roteiro. A forma com que a história desses personagens é contada não é algo que se encontra todo dia, e deve ser apreciada e aplaudida.