A Lei da Noite | Uma trama com tanto potencial executada de maneira errada

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A Lei da Noite se trata de um filme sobre a máfia americana, escrito, dirigido e coproduzido por Ben Affleck, baseado no romance de mesmo nome de 2012 escrito por Dennis Lehane. O filme se passa em Boston, no ano de 1920 e mostra a vida de Joe Coughlin (Ben Affleck), um jovem e carismático gângster em ascensão na máfia local.

O início do filme mostra uma trama interessante, envolvente, que chama a atenção do espectador, e o faz se indagar sobre o desenrolar da história, mas infelizmente, toda essa atenção só fica ali, no início, pois ao longo do filme, tudo fica confuso e difícil de se acompanhar, diversas subtramas são criadas, fazendo com que a linha principal seja esquecida e te deixe perdido e se perguntando ‘o que está acontecendo?’.

Um dos pontos mais fortes do filme são as atuações, quase todos os atores estão incríveis no filme, e a maioria dos personagens, em alguns momentos, são mais relevantes que o próprio Joe Coughlin, protagonista do filme. A atriz Elle Fanning realmente se dedicou ao papel, e mostrou que é capaz de interpretar personagens com cargas dramáticas pesadas.

Mas por que QUASE todos os atores foram incríveis? Por um motivo, Ben Affleck. O ator não demonstrou grande aptidão para interpretar seu personagem, em alguns momentos podemos notar até mesmo gargalhadas visivelmente forçadas vindas do ator, que não condizem com o calibre de atuação de seus colegas de elenco, as expressões faciais de Affleck acabam estragando o peso dramático de algumas cenas, fazendo com que algo que deveria ser memorável se torne piegas, e transforme-se apenas em cenas que ocupam espaço na trama e não demonstra peso narrativo algum.

O filme trabalha seu desenvolvimento de maneiras interessantes, mas é só isso, interessante, não aproveita a grandiosidade de seu potencial, toda a popularidade da máfia na história do cinema acaba sendo mal explorada roteiro de Affleck.

A Lei da Noite é um filme com uma premissa boa, mas falha em sua execução, não entrega personagens marcantes e nada que seja tão memorável quanto podia ser.