[CRÍTICA] Han Solo – Uma História Star Wars

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Han Solo – Uma História Star Wars conta como Han conheceu seu fiel parceiro Chewie, encontrou Lando e a incrível Millenium Falcon, sem falar de outras aventuras ousadas em uma galáxia muito, muito distante.

Confesso que antes de assistir ao filme, estava bastante apreensiva com o rumo que este poderia tomar, e o que poderiam fazer com personagens tão importantes do universo de Star Wars. Mantive minhas expectativas controladas, apesar do enorme sentimento por todo esse universo, que aprendi a gostar desde pequena, até por influência de meus pais. Assistindo os primeiros minutos, ainda mantinha, por assim dizer, um pé atrás, até que pude ver um pouco do próprio Han no ator Alden Ehrenreich, que dá vida ao tão amado personagem, mas não vamos falar sobre isso por enquanto.

O filme começa a se desenrolar em um bom ritmo, muitas coisas que Han cita nas trilogias, são mencionadas nesse filme, mostrando como aconteceram e o porquê elas aconteceram, sendo um prato cheio para os fãs. Talvez até hajam explicações demais, como por exemplo, sobre a origem do nome do personagem, fato que eu nunca imaginaria ter um motivo, mas estas também enriquecem a trama. De qualquer forma, não é algo que prejudique, mas sim que acrescenta. Ainda nesse tema, o filme está repleto de detalhes e referências aos outros filmes da franquia, o que em determinados momentos pode provocar risos e surpresas. Aliás, o filme é muito cômico, mas na medida certa.

Sobre a interpretação de Han Solo, Alden Ehrenreich não se parece em nada fisicamente com Harrison Ford, e também não possui o mesmo charme que o intérprete original do personagem, e é por isso que ele não convenceu tanto nos trailers do longa, mas o ator acaba conseguindo entregar um bom trabalho. Em diversos momentos, podemos ver aquele sorriso de lado, a postura mais descontraída e outros trejeitos de Harrison, mas Alden os traz sem que pareça algo forçado e muito menos numa tentativa de imitação. No meio do filme, você já está habituado ao novo Han.

Donald Glover interpreta Lando Calrissian com muita perfeição e esbanjando carisma. Todas as cenas em que aparece ficaram ótimas, e até acredito que poderia ter aparecido um pouco mais, desenvolvendo assim mais profundamente o personagem.

Há também a inserção de personagens novos, como Qi’ra, interpretada por Emilia Clarke – uma mulher forte que faz parte do passado de Han. Além dela, temos Woody Harrelson como o mercenário Tobias Beckett e sua equipe formada por Val (Thandie Newton) e Rio Durant (Jon Favreau). Outro personagem que não posso esquecer de mencionar é a androide L3, que como os outros robôs da franquia, possui uma personalidade fortíssima e meio revoltada, o que é muito hilário.

As ameaças enfrentadas por Han e Chewie são oferecidas mais pelas situações vividas pelos personagens do que por um vilão em si. Embora Paul Bettany represente Dryden Vos, um dos chefões do Império, o longa prefere não se focar tanto nele.

A fotografia do longa prefere se focar mais em cenários fechados do que apostar em cenas no espaço aberto, entretanto, os efeitos especiais não decepcionam. Os alienígenas e criaturas do longa estão mais realistas do que nunca, mostrando que estão cada vez mais seguros da construção visual desse universo fantástico.

Mesmo que o longa ofereça ganchos para uma continuação, a história é bem-amarrada o suficiente para que se encerre por aqui. A grande questão, é mais uma vez, a necessidade de explorarem esse pedaço da vasta história do Universo de Star Wars, quando podiam ser abordados outros personagens.

Com todos esses fatores, Han Solo – Uma História Star Wars é um filme que surpreende e agrada mais do que o esperado, sendo uma grata surpresa para os fãs da franquia.

NOTA: 4,3/5

Han Solo – Uma História Star Wars chega aos cinemas nesta quinta, 17 de maio.