[CRÍTICA] John Wick 3 – Parabellum | Nem melhor, nem pior, na medida certa!

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John Wick se tornou uma figura muito popular entre os fãs de filmes de ação nos últimos anos, graças à suas façanhas quase que sobre-humanas. Depois de dois filmes repletos de de muita vingança e cenas absurdas, o personagem de Keanu Reeves retorna para simplesmente correr por sua vida em John Wick 3 – Parabellum.

John Wick 3 – Parabellum começa imediatamente após o final do segundo filme, onde Wick está foragido por ter matado Santino D´Antonio (Riccardo Scamarcio) dentro das dependências do Hotel Continental. Santino era um membro da Alta Cúpula da liga de assassinos internacionais, com isso Wick é excomungado do Hotel Continental e de todos os outros serviços da liga de assassinos por Winston (Ian McShane).

Ao quebrar a regra principal do Hotel, Wick se vê caçado pelos maiores assassinos do mundo, que coincidentemente, estão todos em Nova York correndo atrás do prêmio de US$ 14 milhões oferecido por sua cabeça.

A trama do filme é bem simples, com a produção decidindo manter um roteiro básico e similar ao dos filmes anteriores, fazendo com que poucos riscos fossem corridos. Diferentemente dos dois primeiros filmes, onde John é simplesmente movido por puro ódio e vingança, no terceiro filme, o personagem está fazendo de tudo para se manter vivo. John já deveria ter sido executado no final do segundo filme, porém o gerente do hotel, Winston, lhe concedeu uma hora de vantagem antes de ser morto, mas essa vantagem para o amigo lhe traz consequências graves.

Assim como no filme anterior, onde é expandido o universo dos assassinos, o novo filme faz questão de apresentar e enriquecer a trama da Alta Cúpula, que compreende os círculos mais baixos em que ela trabalha organizando os assassinos e seus trabalhos. Vemos um pouco também do passado de Wick, incluindo o local onde ele foi treinado, antes de virar o Baba Yaga, porém de forma simplista e sem grandes detalhes, dando abertura para mais aprofundamento no futuro.

Um grande destaque para esse filme é a personagem Sofia, interpretada por Halle Berry. Sofia acrescenta algo que estava faltando na franquia: uma personagem feminina forte –  já que as personagens da Ruby Rose e da Adrianne Palicki nos filmes anteriores eram totalmente esquecíveis. A sequência de luta com Sofia, John e os dois cachorros é incrível. Vemos um combate extremamente bem dirigido. Enquanto John possui um estilo de luta mais brutal, Sofia possui se mostra mais calculista, precisa e fatal. O passado de Sofia também é levemente abordado, dando a deixa de que um possível filme derivado focado nela pode acontecer.

As coreografias de luta nesse longa atingem uma complexidade ainda maior, seja usando armas brancas ou de fogo e até mesmo os punhos, cada minuto dos combates apresentados no filme merece atenção, inclusive naqueles em que a qualidade é duvidosa e que mostram pouca atenção aos detalhes.

Provavelmente, era de se esperar que as coisas fossem elevadas a um novo patamar e ainda mais exageradas, mas as coisas acabam se tornando críveis até um certo ponto. John Wick é um personagem que carrega para seus filmes elementos de artes marciais e ação em que brucutus raramente se ferem em meio a tiroteios, onde em situações normais, o protagonista estaria agonizando no chão nos primeiros segundos.

Chad Stahelski fez questão de dirigir o filme para se tornar memorável dentro da franquia, dando a cada personagem seu destaque devido. Cada arma utilizada e apresenta uma importância particular que agrega e enriquece a franquia de maneira única.

John Wick 3 – Parabellum cumpre o que promete, não sendo pior nem melhor do que o antecessor, mas mantendo a mesma qualidade. É entretenimento do começo ao fim, agradando aqueles que são fãs de ação exagerada e do próprio Keanu Reeves.