Embora houvesse alguns momentos com material novo entre os recortes dos filmes, Batalha dos Deuses e O Renascimento De Freeza, o arco do Universo 6 de Dragon Ball Super é o primeiro a conter material totalmente inédito, com um esboço da trama fornecido pelo Autor original Akira Toriyama. Contando com 15 episódios, a premissa desse arco consiste em um torneio organizado pelo Deus da Destruição Champa, cada universo com 5 participantes. Trazendo novos personagens únicos, novas transformações e expandindo ainda mais o universo dos guerreiros Z.

O enredo desse arco gira em torno de uma disputa trivial entre Beerus e seu irmão gêmeo Champa, uma excelente adição ao mundo de Dragon Ball, juntamente com sua assistente Vados. Ambos personagens têm traços peculiares, Vados naturalmente espirituosa e despreocupada, muitas vezes puxando a orelha de Champa, que por outro lado é barulhento e egoísta em suas motivações. Champa coletou 6 das Super Dragon Balls e está disposto a levá-las contra Beerus e trocar a Terra do Universo 6 pela Terra no Universo 7, por um simples motivo, a famosa e deliciosa comida da Terra. Assim, o torneio entre os universos é criado.

O legal de ter o material novo é toda a especulação que vem com isso. Embora as próprias lutas variem de média a espetacular, não saber o resultado de cada uma permite algumas grandes tensões e reviravoltas. As discussões em torno do resultado de cada uma das lutas foram excelentes, com pessoas analisando a cena quadro a quadro e apresentando todo tipo de teorias interessantes. Pode não ser um comentário sobre a qualidade do show, mas acho que é um testemunho de qualquer meio para que tantas pessoas discutam certos pontos da trama.

Pode-se argumentar facilmente que o torneio se centrou muito em Goku e Vegeta, mas Piccolo foi o outro lutador que ganhou destaque nesse arco, com uma participação tão boa quanto a da saga dos androides. Ver Piccolo em ação utilizando técnicas nostálgicas e sua estratégia de marca registrada foi uma recompensa suficiente. O mistério em torno de Monaka foi uma ótima adição para trama principalmente pelas reações de Goku, embora não houvesse muito para revelar.

Cada personagem único do Universo 6 e suas habilidades adicionaram algo mais a cada luta. Botamo, Frost, Magetta, Cabba e Hit todos tinham algo único na manga e, embora nem todas as suas personalidades ou técnicas fossem igualmente desenvolvidas ou interessantes, o que vimos era ótimo e comprou mais profundidade para cada luta, além de forçar os guerreiros Z a encontrar novas estratégias em vez de confiar apenas na força bruta. Como esperado, também havia diversos momentos de nostalgia, como Goku referindo como ele nunca tinha visto a terceira forma de Frieza ou todo o diálogo entre Cabba e Vegeta sobre o verdadeiro significado da raça guerreira que ambos fazem parte.

Dito isto, o novo arco fez um bom trabalho para pavimentar novos detalhes da trama e da história sem confiar demais no passado. Claro que Frost e Cabba eram de raças que vimos antes, mas suas histórias eram muito diferentes. A raça Sayajin no Universe 6 é uma raça pacifica que é contratada para lutar pelo bem em oposição ao que conhecemos no Universo 7. Frost se revela tão complicado quanto Frieza, mas de uma maneira diferente. Nós até conseguimos ver como são os Kais do Universe 6.

O Arco também continha um humor excelente, principalmente na forma de piadas visuais. De Goku e Vegeta emergindo do Salão Do Tempo barbudos para Buu falhando no exame escrito, momentos divertidos foram espalhados por todo o arco e sempre impedindo momentos sérios demais, exceto quando a trama realmente o requisitava. Arte e a animação variaram de forma sinistra ao longo do arco. É difícil dar aos visuais uma classificação sólida com as flutuações de qualidade, mas teve uma grande melhoria em média sobre o arco da Ressurreição do Freeza. A trilha sonora e o som em geral foram usados melhor aqui.

No geral, o arco do universo 6 contra o Universe 7 foi um passeio de montanha-russa de diversão, tensão, mistério e expansão da história. Enquanto o arco foi talvez repetitivo ligeiramente pelo formato do torneio utilizando o mesmo cenário do começo ao fim, os novos personagens introduzidos com suas habilidades únicas e personalidades mantiveram o arco em movimento a um bom ritmo.

Embora existam margens de melhoria em termos visuais, de áudio e de luta, a trama decente, os eventos inesperados e o desenvolvimento dos personagens continuam a salvar a série de ser medíocre.