[ANÁLISE] Skydrift Infinity | Diversão e frustração no “Mario Kart de avião”

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Distribuído pela THQ Nordic, mesma empresa responsável pela saga Darksiders, Skydrift Infinity é quase uma homenagem aos clássicos jogos de corrida dos arcades. Na verdade, o game é uma mistura disso com o popular Mario Kart, onde temos diversas pistas e modos diferentes de superar seus adversários, seja através de armas e armadilhas ou utilizando a estratégia nas pistas. Logo de início, a sensação que você tem é a de nostalgia, pois não é muito comum vermos um jogo desse estilo atualmente no cenário de games.

O jogo possui três modos: Potência, Velocidade e Sobrevivência. O primeiro nada mais é que o básico, corridas de 3 a 5 voltas, vários upgrades, armas e armadilhas espalhados no trajeto para derrubar os adversários, e quem chegar em primeiro vence. O segundo, o mais interessante pra mim, são inseridos “anéis de velocidade” no trajeto e os upgrades são removidos, o que importa aqui é você ser o mais rápido, e os anéis te dão um boost necessário para alcançar a linha de chegada. Por último, o modo sobrevivência, como o nome já diz, é uma caçada até sobrar apenas um. O jogador deve evitar ser o último em todas as rodadas de eliminação, se não perderá.

Ótimo para jogar em grupo, sozinho nem tanto…

Cada modo é muito atrativo para partidas multiplayer e para jogar com os amigos, coisa que é o foco principal de jogos desse tipo. As partidas são alucinantes e divertidas para partidas em grupo, dignas inclusive de se tornarem uma possível nova febre nos canais de stream. Já no single player, são 7 fases com 5 corridas cada, com os três modos de partida sempre aparecendo ao menos uma vez. Soa cansativo? É porque é. Até mesmo os controles, bastante responsivos em boa parte do tempo, se tornam irritantes após um tempo por não possui manobras evasivas para evitar as armadilhas e armas dos inimigos, que a cada fase obviamente se tornam cada vez mais desafiadores.

Infelizmente, jogar um game desse tipo sozinho requer um pouco de paciência. Chegando na terceira ou quarta fase, os trajetos acabam se tornando repetitivos e exaustivos ao invés de desafiadores e alucinantes. Uma das coisas que o jogo faz para te manter engajado é utilizar os desbloqueáveis, como novos aviões e skins, mas até isso acaba sendo desinteressante quando você percebe que, basicamente, você pode jogar o jogo inteiro com um único veículo, mesmo que os outros ofereçam vantagens em cada modo de partida. O senso de desafio permanece lá, mas acaba sendo sobrepujado pela frustração e falta de originalidade nos trajetos, que para tentar ser diferentes utilizam a mesma corrida de forma invertida.

 Fator nostalgia e corridas frenéticas

Confesso, o principal atrativo para mim com o game foi a nostalgia. Há um bom tempo que um game de corrida me deixava tão empolgado com suas corridas frenéticas e suas mecânicas de armadilhas. Na verdade, o último que fez isso foi o clássico CTR. Além disso, como falei anteriormente, a distribuidora é responsável por Darksiders, uma franquia que amo de coração, e o jogo te oferece aviões inspirados nos personagens da série, o que me deixou ainda mais animado para os desbloqueáveis a princípio. São o mesmo avião com skins diferentes? Sim, mas ainda foi divertido desbloquear as aeronaves dos irmãos cavaleiros do apocalipse.

Levando isso em consideração, Skydrift Infinity se torna uma excelente pedida para passar o tempo com um game divertido e simples, especialmente nesse período tão complicado que estamos passando, onde sair de casa ainda é uma questão complicada. Junte os amigos e aproveite um bom game de corrida dos anos 2000.