Considerada a melhor série de 2015, The Leftovers, fez uma pausa em 2016 para gravações em Melbourne na Austrália, onde encerrará sua história com chave de ouro em sua terceira temporada, estreando agora neste domingo. O drama da HBO de Damon Lindelof e inspirado no best-seller de Tom Perrota não foi bem recebido pelo grande público, mas felizmente o canal decidiu dar um desfecho digno a esta surpreendente serie podendo trazer as respostas aos mistérios que a série apresentou e desenvolveu muito bem nas duas primeiras temporadas.

Baseado no livro de Tom Perrota, é nítido como as pessoas podem julgar mal esta série ao compará-la com Lost por causa de Damon Lindelof, apesar da presença de Lindelof no comando da série, The Leftovers caminha sozinha sem qualquer semelhança a Lost, com estilo próprio, uma ambientação única e com uma história envolvente apesar de um pouco complicada se começar a assistir sem prestar atenção.

A premissa é simples. 2% da população desapareceu em um evento de arrebatamento, uma interpretação sobre o futuro da humanidade de acordo com o livro do Apocalipse, 3 anos após o ocorrido, nos encontramos com essas pessoas tentando entender o que aconteceu, tentando encontrar algum tipo de significado. Este único evento dividiu a sociedade impossibilitando que algum dia volte a ser como nos conhecíamos antes esse atentado.

Ambientada num mundo cheio de incertezas, não há preto e branco aqui. Este não é a típica série de televisão onde você encontra o conflito entre boas pessoas contra pessoas ruins, heróis ou anti-heróis, o mais interessante é que cada um dos personagens têm uma dor tão pessoal e ao mesmo tão comum a cada um de nós, no sentido das perdas que enfrentamos ao longo da vida e que muitas vezes temos dificuldades em aceitar.

Os personagens são surpreendentes e realmente bem desenvolvidos mantendo uma individualidade entre os demais. O elenco cumpre seu papel em retratar como um evento como este pode mudar uma pessoa completamente do avesso. Uma serie diferente de qualquer outra coisa na televisão agora, podendo dividir opiniões, já que diferente do que estamos acostumados não tem o tradicional final feliz.